Portos do Paraná começará a bloquear acesso de tripulação que descumprir novas normas de circulação
A Portos do Paraná divulgou, na semana passada, que houve mudanças nas normas de segurança a serem cumpridas por tripulantes de embarcações que acessarem o Porto de Paranaguá. Segundo a empresa pública, as mudanças têm o objetivo de proteger os trabalhadores que atuam embarcados, além de padronizar as regras já existentes.
Ainda segundo a Portos, as novas normas se alinham às que são cumpridas pelos trabalhadores do cais, que contemplam o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) e circulação exclusiva pelas faixas destinadas aos pedestres. Além do uso de EPIs e de poderem circular somente pela área de pedestres, em casos de troca de tripulação, embarque ou desembarque, fica proibida a circulação com bagagens pelos pedestres.
“O deslocamento com estes volumes deve ser feito com veículo adequado e devidamente autorizado, do navio até o Portão 2, no prédio Dom Pedro II, ou vice-versa”, explica a Portos do Paraná. Já os pedestres sem bagagem devem caminhar pelas faixas pintadas em azul ao longo de todo o cais.
Estrutura e bloqueio
Para armazenar os EPIs, tais como capacetes, coletes de alta visibilidade e calçados fechados, foram disponibilizados armários no andar térreo do prédio de acesso ao cais. O uso é gratuito, mas só pode ser feito mediante solicitação para a equipe da Guarda Portuária.
A Portos do Paraná alerta que, a partir deste mês, o descumprimento das obrigatoriedades vai gerar o bloqueio dos crachás de acesso de toda a tripulação, por tempo indeterminado, até que o representante da agência marítima responsável pela embarcação siga as orientações e correções necessárias.
A empresa pública informa, ainda, que no mês de abril as agências marítimas ajustaram suas rotinas de comunicação junto aos navios. O período de teste foi alinhado entre a Portos do Paraná e o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Paraná (Sindapar). No período, foram promovidos 28 eventos de fiscalização, envolvendo 20 embarcações e 11 agências marítimas, totalizando 112 desvios relacionados à falta de EPIs por tripulantes no Porto de Paranaguá.
Responsabilidade de cada embarcação
Segundo o gerente de Saúde e Segurança no Trabalho da Portos do Paraná, José Sbravatti, a autoridade portuária conta com o apoio das agências marítimas e com a compreensão das tripulações. “É responsabilidade das agências informar os requisitos aos responsáveis pelos navios, antes de sua efetiva atracação. E é dever do capitão de cada embarcação providenciar os equipamentos de proteção necessários para a circulação dos trabalhadores”, afirma.