Início de verão e dia mais longo do ano: entenda o que este 22 de dezembro significa


Por Flávia Barros Publicado 22/12/2023 às 15h00 Atualizado 19/02/2024 às 08h40
El Niño deixará verão ainda mais quente e manterá chuvas dentro da média histórica, segundo o Simepar. Foto: JB Litoral

Quem acordou cedinho nesta sexta-feira (22) deve ter percebido que o sol nasceu mais cedo (5h15) e, no final do dia, também verá o astro se por mais tarde, às 18h52, marcando este 22 de dezembro como o dia mais longo do ano no Hemisfério Sul. O fenômeno tem nome: solstício de verão, que indica o momento exato em que o sol atinge o ponto mais alto no céu e a distância máxima em relação aos pontos cardeais leste e oeste, permitindo que o dia fique iluminado por mais tempo. Embora hoje seja o dia mais longo de todos, o verão, que começou 00h27 desta sexta-feira, tem essa característica de dias mais longos do ano, como explica a Climatempo.

Quem mora no Sudeste, no Sul e nas áreas mais ao sul do Centro-Oeste no Brasil, percebe que o sol está nascendo mais cedo e se pondo mais tarde. Os dias são mais longos. São mais horas de sol para esquentar o ar e manter as temperaturas elevadas”, informa.

Místico

Astrólogos marcam o solstício de verão como uma data essencial para tempos de descobertas e de mudanças. Impactando cada pessoa conforme as posições dos seus astros no céu e na correlação com os signos do zodíaco. Culturas e religiões ligadas às forças da natureza também consideram o evento como uma data simbólica.

Para a religião pagã europeia wicca, por exemplo, o fenômeno representa o apogeu do Sol e de poder dela em união com a natureza. Segundo a crença, nesse dia as árvores, as flores e as demais plantas mostram o maior vigor delas.

Previsão para o verão

Crenças a parte, começa a estação mais quente do ano. A primavera, que acabou pouco depois da meia-noite, foi marcada por grandes variações atmosféricas, com recordes de temperatura e chuva nas diversas regiões do estado, segundo o Instituto de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Os acumulados de chuva superaram os 900 mm em diversos municípios durante a estação, principalmente no Sudoeste e Centro-Sul paranaense.

Para o verão, a previsão, segundo o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, é de que o verão 2023/2024 será marcado ainda pela influência do fenômeno climático El Niño.

Continua bastante ativo lá na região Pacífico Equatorial, onde está em sua intensidade máxima. Isso vai manter essa influência no regime de chuvas e, principalmente, temperatura do ar sobre o estado do Paraná, ao longo da estação. Espera-se que tenhamos ainda algumas ondas de calor, como já registramos ao longo da primavera. Claro que, naturalmente, já é mais quente no verão, mas mesmo assim a gente espera que ao final do trimestre tenhamos novas ondas de calor”, detalha.

Para o Litoral, o meteorologista diz que não terá refresco: calorão será frequente.

As noites e as tardes serão mais quentes do que normalmente já são. No Litoral do estado, vai registrar vários dias consecutivos com temperaturas elevadas. E mesmo que a capital e região metropolitana, que durante as noites há um arrefecimento, com diminuição das temperaturas, deve registar vários períodos consecutivos com temperaturas acima do comportamento normal. Em termos de chuva, é o trimestre mais chove no estado, mas com o El Niño, o comportamento da chuva não será tão marcante, tão forte quanto a que registramos ao longo da primavera. Ou seja, a chuva deve acompanhar a média histórica em grande parte do estado”, completou Reinaldo.