Saúde alerta para cuidados em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas


Por Agência Estadual de Notícias - AEN Publicado 16/01/2023 às 18h51 Atualizado 18/02/2024 às 02h42
Saúde alerta para cuidados em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas. Foto: SESP-PR

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta veranistas e moradores do Litoral do Paraná para os cuidados em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, animais marinhos pertencentes ao grupo de cnidários. Durante a temporada de verão é frequente casos de queimaduras em decorrência das toxinas presentes nos tentáculos desses animais e, por isso, as pessoas devem ficar atentas.

Segundo um levantamento da Sesa junto ao Corpo de Bombeiros, desde o dia 17 de dezembro de 2022, início do Verão Maior Paraná, foram registrados 2.262 atendimentos, uma média de 76 casos por dia. No ano passado, houve 20 mil casos durante o período da ação do Governo do Estado no Litoral.

O alerta é feito pela Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações (DVZI) da Secretaria da Saúde. Neste período, além de um maior fluxo de pessoas nas praias, as correntes marítimas e a temperatura da água são propícias ao ciclo de vida desses animais, resultando em acidentes com maior frequência.

“Contamos com uma equipe técnica da Secretaria que acompanha a evolução e o comportamento das águas-vivas e caravelas. É um fenômeno natural nesta época do ano. Logo, cuidado e atenção são atitudes que as pessoas devem ter ao frequentarem as praias para que o momento de lazer não seja preocupante”, disse o secretário da Saúde, Beto Preto.

DIFERENÇA ENTRE ÁGUA-VIVA E CARAVELA

O tipo mais comum de água-viva encontrado no Paraná mede cerca de 13 centímetros com os tentáculos, tem consistência gelatinosa e a aparência de um guarda-chuva. Provoca queimadura leve e recomenda-se a aplicação de vinagre no local da lesão, pois o produto bloqueia a ação da toxina e alivia a dor, podendo ser aplicado a própria água do mar após o uso do vinagre.

A caravela chama atenção pela cor roxa e azul e parece uma bexiga boiando no mar. Pode chegar a dois metros de comprimento com os tentáculos, que se aderem à pele e liberam substâncias que causam o envenenamento capaz de afetar todo o organismo. Neste caso, é necessário buscar atendimento médico-hospitalar.

Não se deve tocar nas águas-vivas e caravelas, mesmo que pareçam estar mortas na areia. Em ambos os casos, a orientação é não esfregar o local da lesão ou utilizar água doce, uma vez que isso estimula os nematocistos remanescentes na pele do paciente a injetarem mais toxinas, agravando o quadro.

ACIDENTES 

A maioria dos acidentes com águas-vivas ocasiona quadros leves, quando a vítima relata apenas dor e queimação no local de contato com o animal. Neste caso, a assistência é feita na beira da praia pela equipe de guarda-vidas do Corpo de Bombeiros.

Em contato com a pele humana, as toxinas liberadas podem causar quadros de dor, vermelhidão e inchaço. Raramente ocorrem quadros mais graves como náuseas, vômitos, manifestações cardíacas ou respiratórias.

Ocorrências podem ser informadas ao Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná 0800-410148 (CCE/PR).