Adapar reforça fiscalizações e divulga balanço da gripe aviária; último caso foi registrado há 10 dias


Por Flávia Barros Publicado 16/07/2023 às 21h41 Atualizado 18/02/2024 às 17h10

O JB Litoral vem acompanhando os casos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), popularmente conhecida apenas como gripe aviária, desde que os primeiros casos foram identificados no país e o alerta chegou ao Paraná. Por aqui, o primeiro caso foi confirmado em 23 de junho, em uma ave silvestre Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus), em Antonina. De lá para cá, outras seis aves testaram positivo para o vírus, todas no Litoral. Com isso, segundo o governo do Paraná divulgou na última sexta-feira (14), a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) intensificou o monitoramento da doença e trabalha de forma intensiva para o atendimento das notificações, coleta de material e visita às propriedades da região.

Ações


Ainda de acordo com o governo, até a data da divulgação, foram realizadas 414 fiscalizações nas áreas em torno dos focos e 49 investigações em resposta às notificações recebidas pelos vários canais disponibilizados pela Adapar. Os sete casos foram registrados em aves silvestres das espécies Trinta Réis Real, Trinta Réis de Bando e Gaivota Maria Velha. Além de Antonina, os focos estão em Pontal do Paraná, Guaraqueçaba (onde ocorreram os dois últimos registros, dias 5 e 7 de julho) e Paranaguá.

Reforço


Atuando de forma ininterrupta, inclusive nos finais de semana, a equipe do Litoral recebe apoio de servidores de outras regionais convocados para auxiliarem nos trabalhos de atuação em focos, cadastramento de propriedades e atendimentos às notificações.

Aves que testaram positivo em Guaraqueçaba foram encontradas na Sede e na Ilha de Superagui. Foto: Prefeitura de Guaraqueçaba

Os técnicos também contam com o apoio de parceiros como prefeituras, Instituto Água e Terra (IAT), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná), Polícia Ambiental e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), como detalha o gerente regional da Adapar no Litoral, Élio Ricardo de Creddo.

A equipe não mede esforços para que os materiais coletados em aves suspeitas da enfermidade sejam enviados o mais rápido possível ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA de Campinas-SP), laboratório de referência para influenza aviária de alta patogenicidade no Brasil”, explica Creddo.

Proibições em vigor


Para auxiliar na contenção do foco, está em vigor desde 26 de junho a Portaria 205, publicada pela Adapar, que proíbe a movimentação de aves do Litoral para as demais regiões do Paraná. Também foi proibida, por meio de Portaria do Ministério da Agricultura, a promoção de eventos com aglomeração de aves.

Como agir


Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita nesses animais devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades, pelo telefone 41 3313-4013 ou por meio da plataforma e-Sisbravet.

A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade, que pode ser acompanhada por sinais clínicos nervosos, digestórios e/ou respiratórios, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.