Antoninense que morreu queimado após cerimônia religiosa não foi primeira vítima


Por Marinna Prota Publicado 10/05/2021 às 11h52 Atualizado 16/02/2024 às 01h42

Da redação

Na semana passada, Adriano Zairuka Pereira, de 39 anos, pegou um ônibus de Antonina até Curitiba. Segundo familiares ele não disse o que iria fazer e apenas embarcou. Chegando lá, pegou um carro de aplicativo e foi até o CIC, na capital paranaense, onde participou de uma cerimônia religiosa e teria “incorporado” um espírito e depois disso acabou queimado. Segundo uma leitora do JB Litoral, esta não é a primeira vez que acontece algo assim no local.

Com medo de represálias, a fonte não quis se identificar, mas revelou que “não é a primeira vez que acontece de pessoas se queimarem lá. Em nome do tal santo. Só que a gente não vai se meter com essas coisas de santo”, disse aterrorizada.

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba investiga o caso. Conforme consta no Boletim de Ocorrência, a vítima foi deixada no Hospital Evangélico, em Curitiba, com queimaduras de terceiro grau, por uma mulher chamada “Débora”. Segundo a fonte anônima, essa mulher é a mãe de santo do local e promove diversas reuniões. “Isso tem que parar”, pediu com tom de medo a testemunha.

No local do ocorrido, ninguém quis falar sobre o caso

Entenda o caso

Adriano, de 39 anos. (Reprodução Facebook)

No último sábado (1), Adriano teria saído de sua casa rumo à Curitiba. Ele pegou um ônibus na rodoviária e depois seguiu até uma casa de rituais espíritas. Segundo o tio da vítima, a versão que eles tiveram acesso foi de que “teria baixado um santo no corpo dele, que pediu por álcool, uma senhora serviu e quando viram que estava em chamas. Apagaram o fogo e aí levaram ele para o hospital. Segundo uma pessoa que estava lá, diz que foi o santo que provocou o fogo”.

Uma pessoa levou o rapaz de 39 anos para o hospital, que é referência no tratamento de queimados em Curitiba onde permaneceu aproximadamente cinco dias internado, até que faleceu em decorrência de ter tido mais de 70% do seu corpo queimado. A família busca por justiça e quer saber o que de fato aconteceu naquela noite. O nome “Débora” foi passado ao hospital e consta no BO. A DHPP segue investigando e aguarda o depoimento da possível testemunha e envolvida no caso.