Antoninense que morreu queimado após cerimônia religiosa não foi primeira vítima
Da redação
Na semana passada, Adriano Zairuka Pereira, de 39 anos, pegou um ônibus de Antonina até Curitiba. Segundo familiares ele não disse o que iria fazer e apenas embarcou. Chegando lá, pegou um carro de aplicativo e foi até o CIC, na capital paranaense, onde participou de uma cerimônia religiosa e teria “incorporado” um espírito e depois disso acabou queimado. Segundo uma leitora do JB Litoral, esta não é a primeira vez que acontece algo assim no local.
Com medo de represálias, a fonte não quis se identificar, mas revelou que “não é a primeira vez que acontece de pessoas se queimarem lá. Em nome do tal santo. Só que a gente não vai se meter com essas coisas de santo”, disse aterrorizada.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba investiga o caso. Conforme consta no Boletim de Ocorrência, a vítima foi deixada no Hospital Evangélico, em Curitiba, com queimaduras de terceiro grau, por uma mulher chamada “Débora”. Segundo a fonte anônima, essa mulher é a mãe de santo do local e promove diversas reuniões. “Isso tem que parar”, pediu com tom de medo a testemunha.
No local do ocorrido, ninguém quis falar sobre o caso
Entenda o caso
No último sábado (1), Adriano teria saído de sua casa rumo à Curitiba. Ele pegou um ônibus na rodoviária e depois seguiu até uma casa de rituais espíritas. Segundo o tio da vítima, a versão que eles tiveram acesso foi de que “teria baixado um santo no corpo dele, que pediu por álcool, uma senhora serviu e quando viram que estava em chamas. Apagaram o fogo e aí levaram ele para o hospital. Segundo uma pessoa que estava lá, diz que foi o santo que provocou o fogo”.
Uma pessoa levou o rapaz de 39 anos para o hospital, que é referência no tratamento de queimados em Curitiba onde permaneceu aproximadamente cinco dias internado, até que faleceu em decorrência de ter tido mais de 70% do seu corpo queimado. A família busca por justiça e quer saber o que de fato aconteceu naquela noite. O nome “Débora” foi passado ao hospital e consta no BO. A DHPP segue investigando e aguarda o depoimento da possível testemunha e envolvida no caso.