Após desqualificação de primeira empresa escolhida para recuperar km 33, da BR-277, DNIT anuncia nova contratada e cronograma das obras


Por Flávia Barros Publicado 24/04/2023 às 05h53 Atualizado 18/02/2024 às 09h51

Prestes a completar seis meses do início dos transtornos nas rodovias que dão acesso à região, a notícia mais esperada para quem utiliza a BR-277 é a de quando a via não terá mais nenhum trecho com problemas, na Serra do Mar, em Morretes. E este mês de abril tem sido decisivo nesse sentido. No dia 6 de abril, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) concluiu as obras emergenciais no km 42. Já no dia 15 foi a vez do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER/PR) levantar acampamento e retirar o último guindaste que ainda atuava nas obras emergenciais do km 41, iniciadas em dezembro do ano passado, liberando de vez o ponto onde havia o desvio operacional instalado desde o primeiro deslizamento de barreira (de uma sequência), que atingiu a estrada entre os km 41 e 39, sendo os km 42 e o 41 os que sofreram mais danos. Depois dessas liberações, restava saber como e quando o km 33, interditado parcialmente desde 7 de março, também passaria pelos reparos.

Trecho começará a passar por obras de reforço no aterro e talude, além de receber nova pista, após assinatura de Ordem de Serviço. Foto: DNIT

O ANÚNCIO


Três semanas após a situação de emergência ser publicada no Diário Oficial da União, o que possibilita a contratação de empresa especializada em serviços de contenção de aterro em rocha e solo grampeado, na quinta-feira (20), o DNIT anunciou que recebeu as novas propostas das empresas interessadas e escolheu a melhor delas. De acordo com o órgão subordinado ao Ministério dos Transportes, a proposta escolhida foi a da empresa Neovia Infraestrutura Rodoviária Ltda (Neovia Engenharia), a qual ofereceu desconto de R$ 111.604,16 em relação ao valor máximo estipulado e realizará a obras por R$ 3.498.899,94. O serviço para reparar o trecho que afundou e assustou motoristas, com trincas profundas no asfalto, será custeado com orçamento previsto pelo Sistema Oficial de Custos Rodoviários – Sicro 2, reconhecido e auditado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

CRONOGRAMA


A empresa sediada em Curitiba deve realizar as obras no prazo estimado de quatro meses. Segundo o DNIT, a partir de três meses de serviços, o órgão verificará a possibilidade de liberar uma ou duas faixas, a depender do ritmo dos trabalhos. Mas o cronograma só começa a valer após a emissão da Ordem de Serviço. “O DNIT segue realizando os trâmites legais, conforme determina a nova Lei de Licitações e Contratos, Lei nº 14.133/2021, e, em breve, fará a publicação do extrato do contrato no Diário Oficial da União, para, então, emitir a Ordem de Serviço“, informou o órgão, por meio de nota.

O QUE SERÁ FEITO


Diferentemente dos outros trechos que sofreram danos na encosta devido aos deslizamentos, no km 33,5, a pista esquerda, sentido Curitiba – Paranaguá, afundou. Para que o trecho seja reparado e tenha uma drenagem adequada, será instalada mais de uma 1,5 tonelada de armação em aço, e cerca de 1 km de novos drenos. Em relação à contenção, serão necessários mais de 6 mil metros cúbicos de pedras para que o terreno fique com uma base sólida. Após esses serviços, uma nova pista será feita com mais de 230 toneladas de concreto asfáltico. O DNIT também determinou à empresa que realize reforço na sinalização vertical e horizontal, antes, durante e depois das obras.

NA TRAVE

Esta é a segunda empresa escolhida pelo DNIT. A primeira foi desqualificada antes da etapa final de contratação, pois, durante os trâmites legais, verificou-se que ela não atendia aos requisitos técnicos necessários para executar o serviço.