Atleta parnanguara vence competição de jiu-jitsu em Santa Catarina
O atleta parnanguara Kaynã Luís conquistou o primeiro lugar na categoria faixa azul adulto até 70 kg na competição Compnet Liga Global de Jiu-Jitsu, realizada em Florianópolis, Santa Catarina, no domingo (16). A vitória foi resultado da dedicação e disciplina nos treinos, além do apoio da equipe e familiares.
Kaynã começou a treinar jiu-jitsu em 2019, aos 24 anos, e já obteve bons resultados nas competições em que participou, como o título de vice-campeão no campeonato da Federação de Jiu-Jitsu do Paraná, em 2020.
“Esse resultado me deu ainda mais motivação para continuar treinando e me aprimorando. No ano seguinte, fui graduado para a faixa azul e continuei competindo em todos os campeonatos que pude, sempre buscando aprimorar minha técnica e superar meus limites”, conta.
Já em 2022, o esportista participou de uma competição em Florianópolis, onde alcançou o terceiro lugar. Ainda naquele ano, conquistou a prata numa disputa em Curitiba, até finalmente alcançar o sonhado primeiro lugar no domingo.
“Agora, meu objetivo é continuar evoluindo como atleta e conquistando cada vez mais títulos expressivos do esporte. Sonho em chegar à faixa preta e ser campeão mundial, uma vitória que não seria apenas minha, mas de toda a comunidade da Ilha do Mel e do jiu-jitsu brasileiro”, confessa o atleta.
Jiu-jitsu Para Todos
O atleta faz parte da academia Gracie Barra Ilha do Mel – Jiu-Jitsu Para Todos, coordenado pelo professor Helder Maximiliano Oliveira de Jesus. Implantada no final de 2016 na Ilha, a escola de jiu-jitsu tem como objetivo incentivar jovens e crianças a praticarem esportes e desenvolverem disciplina em casa e na sala de aula. A iniciativa, que começou com apenas cinco alunos, hoje conta com 64, incluindo Kaynã.
“Na minha equipe de atletas, estou com 25 membros, fora os alunos que treinam na academia só por hobby. Os atletas são competidores que vêm se destacando em campeonatos paranaenses, como o Kaynã, que já conquistou a segunda medalha em Florianópolis”, diz Helder.
O professor conta que, neste ano, os competidores têm cinco torneios pela frente, três estaduais e dois nacionais, mas que encontram dificuldade para marcar presença em todos devido aos custos com transporte.
“É difícil a gente caminhar, ir mais longe, porque o projeto está sem recursos, não tem dinheiro para o transporte até os eventos”, afirma.
Apesar dos desafios, Helder segue confiante para as competições deste ano. “O Kaynã, assim como os outros alunos da Ilha, é um menino de ouro e eu tenho certeza que virão muito mais vitórias. Em 2022, por exemplo, dos 25 atletas que competiram, todos ganharam medalhas, sendo 22 ouros, duas pratas e um bronze, fora os troféus. É como eu sempre digo, na academia tem que ser difícil para no evento ser fácil. Então, cada treino intenso é uma vitória que o acompanha”, conclui o professor.
