Câmara de Morretes arquiva processo e desiste de cassar vereador que matou cachorro de vizinho


Por Flávia Barros Publicado 28/04/2023 às 01h50 Atualizado 18/02/2024 às 10h14

Quatro meses. Este foi o tempo que durou o caso envolvendo o vereador de Morretes, Celso Ferreira de Souza, o Celsinho das Alface (PROS), desde que ele matou com um tiro a cadelinha Pipoca, de um vizinho, em 27 de dezembro de 2022. O caso, que teve bastante repercussão, com todas as etapas noticiadas pelo JB Litoral, chegou ao fim durante sessão realizada na Câmara Municipal, na última quarta-feira (26). Celsinho foi alvo de uma Comissão Processante que analisou a cassação cargo por quebra de decoro parlamentar. Ele chegou a ser afastado, mas foi reconduzido às funções legislativas por meio de decisão judicial e agora, um mês e meio após reassumir a função pública, o caso foi encerrado com o arquivamento do processo.

A DECISÃO


O 1º secretário, Elói Nogueira (Republicanos) leu o parecer do relator da Comissão Processante, vereador Valdeci Mora (PSC), que opinou pelo arquivamento do caso, sugerindo que Celsinho das Alface emitisse nota de retratação pública em plenário, dirigida aos meios de comunicação, também com pedido de desculpas para a família da cadelinha e ONGs de proteção animal; ainda que apresente um plano de reparação dos danos em favor da causa animal, “como materialização de arrependimento pelo fato ocorrido”. O parecer também ressaltou que, caso seja condenado no processo criminal, o parlamentar está passível de perda de mandato. 

Após idas e vindas judiciais, que garantiram a votação do relatório da Comissão, que optou pelo arquivamento, o caso foi votado e arquivado, encerrando a denúncia por quebra de decoro parlamentar.


O QUE DIZ O VEREADOR


O JB Litoral conversou com Celsinho das Alface, que revelou ser o resultado que ele esperava. “Como foi pulado o rito do processo, o juiz deu liminar para que fosse votado o relatório, que indicava a não cassação, então ele foi arquivado. Como é um assunto que não envolve meu trabalho como vereador, eu já esperava que os nobres pares tomassem essa decisão”, disse o vereador.

Embora o caso tenha sido arquivado na Câmara, o processo criminal continua em andamento.