Caminhoneiros entram em “estado de greve” e dão 15 dias para governo atender pautas


Por Marinna Prota Publicado 18/10/2021 às 10h39 Atualizado 16/02/2024 às 16h26

Os caminhoneiros autônomos se reuniram neste fim de semana e reivindicaram uma série de pedidos que foram feitos ao longo de aproximadamente três anos. Os pedidos são para que o preço do diesel seja baixado, assim como a tabela do preço de pagamento de frete seja reajustada e a aposentadoria dos motoristas seja adquirida mais cedo. Em reunião com autoridades do governo, membros de diversas entidades que representam os caminhoneiros deram um prazo de 15 dias para que os pedidos fossem respondidos, caso contrário uma greve e paralisação deve ocorrer.

Em Paranaguá, o caminhoneiro Ismail Bisson, considerado um dos líderes de greve em anos anteriores, disse que os motoristas de Paranaguá não devem paralisar. “Nós de Paranaguá não iremos aderir. Tem um vídeo rolando do presidente do Sindicato de São José dos Pinhais, do Plinio Dias, mas eles não respondem por nós caminhoneiros autônomos”, disse o grevista.

No vídeo em questão, Plínio Dias cita que “isso aqui não é antigoverno, não é nada disso. Nossa pauta é contra o aumento do diesel, gasolina, do gás de cozinha, nosso piso mínimo de frete. Nossa aposentadoria especial, que nós já tínhamos e foi tirado. Comecem a carregar seus caminhões e ir para a casa”.

Segundo a Associação Nacional Pró Caminhoneiros e Transportadores (PRO-CAM), que representa os caminhoneiros em Paranaguá e demais regiões do litoral paranaense, muitos motoristas estão confirmando que vão aderir ao movimento. “Nós apoiamos a causa pois sabemos como tem sido dificultoso para o trabalhador conseguir seu sustento. Sem aumento do frete e com os diversos reajustes do combustível, fica inviável o transporte de cargas sem o ônus incorporado ao caminhoneiro. É preciso rever estes pedidos e que o governo tome uma atitude coerente para auxiliar a categoria, que não parou durante a pandemia e arriscou, inclusive a própria vida, para que o país não parasse”, declarou a diretoria da PRO-CAM.

Além dos caminhões que são dirigidos por motoristas contratados por empresas, os chamados “frotistas”, há o transporte de cargas através dos veículos próprios de autônomos. São os representantes desta categoria que vem reivindicando reuniões e uma posição do governo federal quanto aos problemas que envolvem o dia a dia do trabalho na estrada.