Caso Kameron: Ministério Público denuncia padrasto por homicídio com 5 qualificadoras


Por Flávia Barros Publicado 12/05/2023 às 23h29 Atualizado 18/02/2024 às 11h17
Givanildo confessou ter estuprado, matado e escondido o corpo da enteada três dias após ter cometido os crimes. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Duas semanas após a morte de Kameron Odila Gouvêa Osolinski, 11 anos, em um crime que chocou Guaraqueçaba e todo o Litoral, o padrasto da criança, Givanildo Rodrigues Maria, 33 anos, foi denunciado criminalmente pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). A denúncia foi proposta por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Antonina, responsável pela comarca, na última quarta-feira (10), exatamente 14 dias depois que Kameron foi dada como desaparecida, em 26 de abril.  O caso começou a ser desvendado no dia seguinte, com o corpo da menina localizado em uma área de mata; depois disso houve a prisão do suspeito; a soltura que só durou uma noite, e a segunda prisão, seguida pela confissão de Givanildo e a expedição da prisão preventiva.

Cinco vezes cruel

De acordo com o MPPR, a denúncia feita à justiça sustenta que houve cinco qualificadoras do homicídio, o que traz ainda mais gravidade ao crime: feminicídio, emprego de asfixia, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, crime cometido contra menor de 14 anos e com o intuito de assegurar a ocultação e impunidade do delito de estupro de vulnerável.

Além do homicídio qualificado e do estupro de vulnerável, a denúncia também cita o crime de ocultação de cadáver, pois o denunciado teria escondido o corpo da menina após cometer o homicídio. Givanildo segue preso e só passa a ser considerado acusado e réu após a justiça acatar a denúncia do Ministério Público.