Com bloqueios nas vias e filas, médicos da UPA chegam a Paranaguá de avião


Por Luiza Rampelotti Publicado 30/11/2022 às 16h49 Atualizado 17/02/2024 às 22h53

O atendimento médico no Litoral ficou comprometido nesta quarta-feira (30) em decorrência dos bloqueios nas vias de acesso à região após deslizamentos. Parte dos profissionais são de Curitiba e não conseguiram chegar aos municípios litorâneos.

Apesar de a BR-277, sentido Paranaguá, ter sido desbloqueada por volta das 15h30, a fila de mais de 10 km continuou atrasando a chegada das pessoas que estavam descendo a Serra do Mar. Desta forma, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) das cidades litorâneas ficou desfalcado.

Em Paranaguá, por exemplo, a UPA ficou a manhã inteira e parte da tarde atendendo apenas com metade dos médicos. Diariamente são cerca de oito profissionais, porém, nesta quarta, apenas quatro estavam atendendo até às 16h.

Já por volta das 16h30 o prefeito Marcelo Roque (Podemos) anunciou que o governador Ratinho Junior (PSD) e a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) atenderam ao pedido do poder municipal e fizeram o transporte dos médicos via avião. Sendo assim, os outro quatro profissionais que vieram de Curitiba começaram a atender no período final da tarde.

A diretora geral da Fundação de Assistência à Saúde de Paranaguá (FASP), Everllin Guiger, salienta que apenas pessoas em situação de urgência e emergência devem procurar a UPA.

Orientamos que as pessoas somente busquem a UPA para atendimentos de urgência e emergência. Casos leves representados pelas cores azul e verde poderão ter uma espera mais longa do que o previsto em dias normais. Além dos atendimentos que chegam à UPA, temos ainda os internados, por isso, orientamos que, se não estiver com sintomas agravados, busque a unidade básica de saúde para atendimento”, diz.

Estado envia insumos ao Litoral

Com a liberação parcial do trânsito da BR-277, o Governo do Estado envia nesta quinta-feira (1) insumos e medicamentos para abastecer hospitais e unidades de saúde do Litoral. O caminhão com quase 900 volumes, com 42 itens, entre medicamentos, soro, material de primeiros socorros, desinfetante, máscaras e luvas, vai sair do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar). Os insumos ficarão armazenados numa base logística da 1ª Regional de Saúde, em Paranaguá.

Uma operação conjunta da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil com a Secretaria de Saúde vai dar agilidade ao processo, já que o veículo será escoltado para chegar rapidamente ao local de armazenamento. Além da Saúde, a Defesa Civil Estadual também está em contato com a Ceasa para permitir o fornecimento de alimentos à região, se necessário. Da mesma forma, o abastecimento de combustíveis também está garantido.

Estamos encaminhando esta carga para garantir que os municípios tenham um socorro adicional, caso necessitem. Há uma dificuldade de transporte nas rodovias por causa do impacto das chuvas. É um esforço em conjunto do Governo para minimizar as adversidades que estamos enfrentando”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Embora não haja desabastecimento nestas localidades, a medida é preventiva e pretende assegurar um volume adicional de materiais, considerando a situação na região, integrada por sete municípios. Cerca de 100 cilindros de oxigênio também serão transportados pela Defesa Civil até Paranaguá para atender unidades que encontrem eventual limitação.

*Com informações da AEN