Com recursos do IPHAN, o Armazém Macedo foi entregue revitalizado, em Antonina
O centro histórico de Antonina, desde 2012, é considerado um patrimônio a ser preservado por suas características, com base na análise do Instituto do Patrimônio Histórico Artísitico Nacional (IPHAN). Segundo a autarquia federal, as construções representam uma época em que a cidade capelista era uns dos pontos importantes no ciclo econômico da erva mate no Paraná.
Entre esses lugares que estão espalhados na região, o Armazém Macedo – localizado na Rua Marques Herval, nº 136 – servia de escoamento para o produto. O JB Litoral conversou com Eduardo Nascimento, autor do livro “Antonina Frag-men-tos”, o professor universitário e agitador cultural aproveitou o período da crise sanitária, em 2020 para escrever uma obra sobre o município.
De acordo com o escritor, o depósito foi construído em 1893, no século XIX, pelos irmãos Antônio Ribeiro de Macedo e José Ribeiro de Macedo após adquirirem o terreno, pertencente à Marinha do Brasil, que antes era de posse da empresa Loyola & Rabello.
Durante anos o espaço ficou em ruínas e abandonado, porém, com recursos do IPHAN, o armazém foi revitalizado. As obras, que custaram R$ 7 milhões, reutilizaram as estruturas, mas também trouxeram mais acessibilidade para os turistas aproveitarem a vista da Baía de Antonina. Além da implantação de uma praça suspensa.
Nascimento destaca que a principal questão é referente à finalidade do ponto turístico. “Como um espaço nobre da cidade e do Litoral, espero que o armazém seja utilizado com o intuito de fomentar a cultura antoninense”, ressalta o produtor cultural.
Segundo a prefeitura, o armazém será voltado para promover tais eventos, inclusive, na data reinauguração ocorreu o lançamento da exposição “Paisagem sem Horizonte”, da artista Zilda Filisbino. Com a curadoria de João Paulo de Carvalho, a mostra traz os desenhos da vegetação da mata atlântica, criando uma narrativa única de quadros.