Em menos de uma semana de engorda da faixa de areia, primeiros resultados já são percebidos em Caiobá


Por Flávia Barros Publicado 03/07/2022 às 18h01 Atualizado 17/02/2024 às 11h50

Na última quinta-feira, 30 de junho, no sexto dia do engordamento da faixa de areia de Matinhos, já era possível perceber a diferença do cenário, nos primeiros 500 metros da faixa de areia bem mais generosa do que os matinhenses viam antes do início do serviço. As imagens divulgadas pela prefeitura da cidade mostram o Balneário Caiobá, na primeira etapa de engorda, que vai do Morro do Boi até o Balneário Flórida, com uma extensão de 6,3 km.


O PROJETO


O engordamento da faixa de areia em até 100 metros de largura foi desenvolvido pelo Instituto Água e Terra (IAT) e analisado pela equipe multidisciplinar da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura, e é executado pelo Consórcio Sambaqui, vencedor da licitação.

Para quem vê as enormes tubulações e o trabalho das máquinas, é porque a engorda da faixa de areia é feita pelo processo de dragagem, na qual uma tubulação de até 4,4 km é acoplada à Draga Galileo Galilei, embarcação especial que remove areia da jazida determinada em alto mar. Essa tubulação é chamada de “Linha de Recalque”. Por fim, a draga transporta a areia até a ponta da linha de recalque e bombeia o material até a praia.

O gerente de projetos do Consórcio Sambaqui, Elvio Torres, falou sobre os avanços até o final do mês. “O Consórcio Sambaqui está trabalhando dia e noite na execução da extensão da orla. Cada viagem da draga traz 12 mil metros cúbicos de areia e a previsão de conclusão desse primeiro trecho, até o Pico de Matinhos, é o final do mês de julho”, disse.

REVITALIZAÇÃO DA ORLA


Como já antecipou o JB Litoral, além da engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico, as obras na Orla de Matinhos preveem estruturas marítimas semirrígidas, canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem, além de revitalização urbanística da praia e da calçada, com o plantio de árvores nativas. Também serão realizadas melhorias no asfalto e a recuperação de vias.

QUANTO CUSTARÁ


De acordo com o governo estadual, estão sendo investidos R$ 314,9 milhões em todas as intervenções nesses 6,3 km de orla e o objetivo é minimizar os impactos gerados pela combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e ressacas em toda a região. Ainda segundo o executivo estadual, essa combinação destrói e compromete boa parte da infraestrutura urbana, turística e de lazer no município.