Há 8 anos Paranaguá vive sem a forte presença de Roque, o “Prefeito do Povo”


Por Marinna Prota Publicado 01/07/2021 às 08h17 Atualizado 16/02/2024 às 06h35
roque prefeito

Neste dia 1º de julho, os parnanguaras podem relembrar os oitos anos do falecimento de Mário Manoel das Dores, o Mário Roque, que ficou conhecido como o Prefeito do Povo, recordista em mandatos na história política dos 372 anos de Paranaguá. O JB Litoral reuniu um histórico da passagem do político, que encerrou sua carreira sendo prefeito da cidade em uma trágica morte precoce, sem completar seu mandato.

Gestor público de três mandatos, representante legislativo na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa do Paraná e integrante do secretariado do governo do Estado. No dia 1° de julho de 2013, familiares tinham como certa a alta médica em aproximadamente uma semana, mas foram surpreendidos com a partida repentina de Roque. As boas notícias de sua recuperação e possibilidade de deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Vita Batel, em Curitiba, foram frustradas ao não resistir as complicações da cirurgia de uma ponte de safena para desobstrução de artéria, no início de julho de 2013.

Último registro

O último registro da aparente melhora de Roque, foi feito justamente pelo seu filho, Marcelo Roque, na época secretário de Meio Ambiente e Serviços Urbanos e, que, hoje, segue o legado do pai nas urnas como prefeito em seu segundo mandato consecutivo.

No dia 22 de junho, além do filho e do vice-prefeito, o médico Edison de Oliveira Kersten, visitaram Roque na Unidade de Terapia Semi-Intensiva, o atual controlador geral da cidade, Raul Luck, que respondia pela Procuradoria Jurídica e o secretário da Fazenda, Silviani da Silva. Naquele sábado, bastante consciente, o prefeito já respirava sem ajuda de aparelhos e conversava com equipe médica.

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Último registro de Roque foi feito pelo seu filho, o prefeito Marcelo, na Unidade de Terapia Semi-Intensiva. (Foto: Marcelo Roque)

Cortejo e velório pararam a cidade

A despedida de Mário Roque do povo parnanguara marcou a cidade. O corpo do prefeito começou a ser velado às 15 horas do dia 1º de julho no ginásio de esportes Albertina Salmon, onde um grande público fez questão de dar o último adeus ao “Prefeito do Povo”, ao lado de familiares, apoiadores e amigos. 

Antes do sepultamento ocorrido no cemitério municipal Nossa Senhora do Carmo, o corpo do prefeito foi levado por uma viatura do Corpo de Bombeiros e fez um trajeto percorrendo as principais ruas da cidade. O ponto de maior emoção, foi quando uma multidão de pessoas caminhou ao lado da viatura, ao som de buzinas, na Rua Julia da Costa passando diante do Palácio São José, sede do poder público municipal, dividindo espaço com ciclistas e motociclistas. 

Resumo da vida pública

Roque entrou na política em 1992 quando foi eleito vereador pelo extinto PST, ao somar 886 votos. Foi presidente da Câmara de 1993 a 1994. Em 1996, foi eleito prefeito com 26.101 votos pelo PSDB. Reeleito em 2000 com 28.443 votos. Em 2006 obteve 37 mil votos como deputado estadual pelo PSB ficando na 1ª suplência e assumiu na Assembleia Legislativa do Paraná, após Fernando Ribas Carli deixar o cargo.

Em 2007, no PMDB, assumiu a secretaria de estado da Coordenadoria da Macro Região do Litoral. Em 2012 foi eleito para o terceiro mandato como prefeito depois de somar 35.555 votos.

Família segue o legado

Com a popularidade conquistada em sua trajetória política, Roque estendeu seu potencial eleitoral para afamília, com o filho Marquinhos Roque sendo eleito vereador por dois mandatos e, em um deles, assumindo a presidência da Câmara por duas gestões consecutivas.

Após o falecimento de Roque e com a gestão sendo encerrada pelo vice-prefeito, Edison de Oliveira Kersten, o filho mais novo, Marcelo Roque, em 2016, defendendo a continuidade do trabalho de gestão, que o pai fez ao longo da vida, foi eleito prefeito em seu primeiro desfio das urnas. Aprovado pela maioria dos votos de mais de 100 mil parnanguaras na disputa eleitoral de 2020, Marcelo Roque vive o segundo mandato no comando de Paranaguá.

(foto: arquivo JB Litoral)