Integração porto-ferrovia é tema de evento que reuniu poderes públicos


Por Agência Estadual de Notícias - AEN Publicado 15/09/2021 às 19h12 Atualizado 16/02/2024 às 13h28

Com os avanços do projeto de expansão da malha ferroviária para o transporte de cargas pelo Estado, o setor produtivo volta a atenção para a outra ponta da cadeia logística: os portos. O potencial de movimentação da Portos do Paraná, nos mais diversos segmentos, foi debatido nesta quarta-feira (15) em encontro que reuniu o Governo do Estado, iniciativa privada e governo federal na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba.

O governo tem, constantemente, dialogado com todo o setor produtivo do Paraná para essa construção da nova infraestrutura do nosso Estado. Esse diálogo tem sido intermodal”, disse o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

De acordo com o secretário, os resultados alcançados pelos portos de Paranaguá e Antonina são fruto não só do trabalho e da dedicação dos trabalhadores paranaenses, mas também uma combinação de toda a logística e infraestrutura que têm se desenvolvido no Estado, com apoio das novas concessões rodoviárias e da Nova Ferroeste. A integração, segundo ele, é preponderante para o setor produtivo.

Todos os caminhos, como odoviário, ferroviário ou aéreo chegam até os portos”, disse Sandro Alex, que completa ressaltando ser importante dar atenção a região. “E o Governo do Estado tem trabalhado exatamente projetando esse hub, pelas características logísticas do Paraná”, diz.

Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, há uma preparação para todo esse avanço na infraestrutura. “O porto precisa estar preparado para melhorar a condição de receber essas cargas. O principal meio é promover uma melhora na condição ferroviária”, afirmou.

Garcia destacou que hoje o volume de carga que chega pelos trilhos aos portos paranaenses não é tão expressivo quanto pode ser. “A hora que conseguirmos melhorar (e o projeto do moegão é fundamental para essa recepção ferroviária, com as licitações dos novos terminais) certamente vamos conseguir atender toda a demanda que está sendo projetada”, comenta.

De acordo com o diretor-presidente, os atuais investimentos dos portos acontecem simultaneamente em três frentes: infraestrutura terrestre, marítima e de armazenagem (com novos arrendamentos). O objetivo, em geral, é não apenas ampliar a capacidade, mas também reduzir os custos aos empresários, o que faz aumentar a competitividade do Estado.

Nessa linha, além do projeto do moegão, referente à ampliação da capacidade de descarga ferroviária em uma moega exclusiva para atender o modal, ainda se destacam o projeto do Novo Corredor de Exportação, que vai ampliar muito a capacidade de escoamento dos graneis sólidos; o projeto para a concessão do canal de acesso marítimo; a dragagem continuada de manutenção; e a derrocagem da porção mais rasa do maciço rochoso conhecido como Pedra da Palangana.