Memória do craque Sicupira é celebrada com uma grande homenagem em Antonina
Ídolo de tantas glórias pelo Clube Athletico Paranaense, Barcímio Sicupira Júnior, mais conhecido como Sicupira, teve as cinzas jogadas na baía de Antonina, no domingo (12). A emocionante homenagem percorreu as ruas da cidade e terminou no trapiche municipal da Feira Mar.
O desejo partiu do próprio jogador dito aos familiares. A paixão em fazer gols era a mesma em relação ao município de quase 19 mil habitantes, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre suas paixões estavam a pesca e os famosos carnavais da cidade capelista, considerado o melhor e mais animado do Paraná.
“Foi um pedido final dele. Eu e minha família estamos muito emocionados com a homenagem e ela não podia ser feita em outro local. Sei que em algum lugar ele está acompanhando a homenagem e está muito feliz por este dia”, revela sua filha, Flávia Sicupira.
O município vestiu as cores do rubro negro paranaense em memória ao atleta. Como um amante do samba, a escola Leões de Ouro reproduziu o samba-enredo que evidencia a história do Athletico Paranaense.
O ex-atleta tinha 77 anos de idade, quando faleceu de problemas respiratórios. Segundo a família, do também comentarista, Sicupira tinha voltado para casa depois de outra cirurgia no pulmão.
José Paulo Vieira Azim, prefeito de Antonina, destacou a importância da comunidade na homenagem. “Essa ação é genuína da comunidade. A prefeitura chegou a dar um apoio, mas isso partiu dos cidadãos, porque estamos falando de um craque que sempre amou a nossa cidade. Sem a ajuda dos moradores, isso não teria acontecido”, comenta o prefeito.
Eterno camisa 8
Natural da Lapa, município metropolitano de Curitiba, o jogador iniciou a carreira no Ferroviário, antigo clube de futebol da capital, de 1962 a 1964. No meio da década de 60, Sicupira jogou ao lado de Garrincha, nos áureos anos do Botafogo.
Mas, foi no Athletico que Barcímio jogou boa parte da carreira, com a camisa rubro-negra, o artilheiro marcou 158 gols, recorde ainda a ser batido. No clube curitibano, ele ficou 7 anos até se aposentar aos 31 anos de idade.
Depois de pendurar as chuteiras, Sicupira se formou em Educação Física e trabalhou por muitos anos como comentarista de futebol em emissoras de TV e rádio curitibanas.