Moradores da área rural de Guaratuba recebem mutirão de saúde mental


Por Flávia Barros Publicado 27/08/2021 às 14h09 Atualizado 16/02/2024 às 11h28
saúde mental Guaratuba
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Os mutirões são realizados na UBS de cada localidade rural, com a mesma equipe técnica do CAPS. Crédito: Prefeitura de Guaratuba

Com uma área de 1.326 km², moradores das áreas rurais mais afastadas do Centro de Guaratuba estão recebendo, aos fins de semana de todo o mês de agosto, mutirões para atendimento de saúde mental com uma equipe multidisciplinar, composta pelas profissionais do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I Recomeço, da Secretaria Municipal da Saúde, que são as psicólogas Marina Crovador e Zelayde Gomes, coordenadoras do CAPS; a assistente social Mariana Falcão, a enfermeira Eliane da Silva, a terapeuta ocupacional Beatriz Abagge e a médica psiquiatra Luana Miara.

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O acolhimento e avaliação ocorrem para pacientes de todas as idades. Crédito: Prefeitura de Guaratuba

Os atendimentos são realizados das 8h30 às 17h, com intervalo das 12h às 13h30. Nos dois primeiros sábados do mês, foram atendidas 16 pessoas na comunidade de Descoberto, no dia 7, e 18 na localidade de Cubatão, no dia 14. Já em Limeira e, novamente, Cubatão, 18 pessoas estavam agendadas para serem atendidas nesse sábado, 21 de agosto. De acordo com a Prefeitura de Guaratuba, os mutirões estão sendo realizados para acolhimento e avaliação dos pacientes; os atendimentos e início dos tratamentos começarão no mês de setembro. Essa espécie de triagem da população será finalizada no próximo sábado, no Morro Grande, pela manhã, e na Pedra Branca do Araraquara, no período da tarde.

Todas as idades

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Os atendimentos foram marcados com antecedência em todas as UBS, para não haver aglomeração no dia do mutirão. Crédito: Prefeitura de Guaratuba

Em conversa com o JB Litoral, a psicóloga, idealizadora do projeto e coordenadora do CAPS, Zelayde Gomes, explicou que foi oferecido o transporte do município para levar e trazer alguns pacientes nos dias do mutirão. Foram atendidos pacientes de ambos os sexos e de todas as idades, entre seis e 85 anos. Ainda segundo a coordenadora, as principais demandas apresentadas pela população que passou pela avaliação foram de depressão, ansiedade, pânico, esquizofrenia, insônia e alterações de comportamento – como agressividade.  “Vale ressaltar que não houve demanda espontânea para tratamento de dependência de álcool e drogas. Diante disso, estamos estudando algumas ações específicas para esse público”, disse Zelayde.

Tratamentos

No mês de setembro, serão iniciados os atendimentos com grupos terapêuticos e consultas com a médica psiquiatra em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da área rural, uma quinta-feira no mês em cada localidade. Novos casos que surgirem poderão ser marcados nesses dias de atendimento, conforme agenda da unidade.