Mulheres atendidas por CRAS de Paranaguá vão a Curitiba para visita técnica; elas criam joias com sobras de materiais e sementes
Elas são mulheres, em sua maioria, que vêm de um contexto de vulnerabilidade social e encontraram nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Vila Garcia e Ilha dos Valadares uma oportunidade de resgatar a autoestima e desenvolver habilidades que têm aberto portas. No Projeto Sustentável Repense, de economia circular, as mulheres estão sendo capacitadas nos cursos de Biojoias e Ecojoias, pela diretora de Política de Diversidade da secretaria de Assistência Social e designer de produtos sustentáveis, Silvana Toledo. O curso está amparado na Lei de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), utilizando-se de uma variedade ampla de resíduos diversos. Por meio da formação, as mulheres criam lindas peças com sobras de materiais e sementes, com muita criatividade e alegria.
Visita técnica
Na última quinta-feira (26), um grupo que integra o projeto foi a Curitiba realizar visitas técnicas. Como parte do cronograma do curso, as alunas foram até a Nespresso, Cristais Swarovski, diversas lojas de joias e de peças para montagem de semijoias, além de aprenderem sobre vitrinismo, exposição e atendimento.
Na Nespresso, as parnanguaras foram guiadas em uma degustação de cafés e apresentadas ao programa de logística reversa das cápsulas de alumínio. Uma das alunas presenteou Marcela Alves, coordenadora da Nespresso, e Danilo Santos, especialista em café, com anjinhos e chaveiros feitos com cápsulas de alumínio. Ao final da visita, os resíduos de alumínio não utilizados nos cursos foram entregues à Nespresso, de maneira a completar o ciclo de reciclagem das cápsulas.
A secretária municipal de Assistência Social, Ana Paula Falanga, destacou que a visita técnica faz parte do processo de formação das mulheres atendidas nos CRAS.
“Silvana, que é nossa diretora de Política de Diversidade, é designer de joias, então ela começou uma oficina nos CRAS com essas mulheres, incialmente trabalhando a autoestima delas, depois capacitando para confeccionar as joias, que já estão sendo comercializadas na feira, toda sexta-feira, na pracinha. E essa visita técnica faz parte desse processo de continuidade do trabalho”, disse Ana Paula ao JB Litoral.
