Paranaguá investe no combate à proliferação do Aedes aegypti e tenta reduzir números de contaminados


Por Redação JB Litoral Publicado 22/04/2021 às 10h45 Atualizado 16/02/2024 às 00h08
dengue entulho prefeitura paranagua

Por Brayan Valêncio

Na última edição, o JB Litoral relatou a situação de avanço da dengue em Paranaguá, condição que colocou a cidade no mapa marrom do governo estadual. Apesar de manter os números de contaminados em alta, na última semana não houve mortes na cidade litorânea e a administração da cidade pretende redobrar os cuidados para controlar a doença viral. Segundo a Secretaria do Estado da Saúde, do dia 07 ao dia 13 de abril foram computados 118 novos casos de dengue em Paranaguá, ou seja, a cada 4 pessoas que foram contaminadas pelo mosquito no litoral, 3 estavam na cidade mãe do estado.

Os números de suspeitos no município são de 104 casos. Até agora, o total é de 1.145 pessoas infectadas, mas esses dados se referem a todo o calendário epidemiológico, de agosto de 2020 até o último levantamento na primeira quinzena de abril de 2021.

Ações no município

Na tentativa de controlar a disseminação da dengue, a administração do município afirma que, nesta semana, a equipe especializada de combate à dengue terminará o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), que, segundo o Ministério de Estado da Saúde, é “uma metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas de Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya, Febre pelo vírus Zika e Febre Amarela”.

Os resultados do LIRAa permitem que os gestores públicos avaliem as ações de combate e vejam se estão no caminho certo ou se devem avançar em outras frentes para combater a disseminação das larvas que, ao se desenvolverem, podem contaminar a população. A coordenação do combate à dengue de Paranaguá afirma que os dados do LIRAa serão finalizados no dia 19 de abril.

Os agentes de endemia atuam durante todo o ano buscando novos
criadouros de larvas do mosquito. Foto: Divulgação.

Na terça-feira (20), a cidade realizará, em conjunto com a 1ª Regional da Saúde, a montagem de novas armadilhas, em um exemplar fornecido pelo Ministério da Saúde, em Brasília. Já há um formato em uso, mas esse primeiro é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). A ideia é ampliar as arapucas, dando continuidade aos trabalhos e massificando os ambientes em que as tais armadilhas são dispostas. Com o auxílio do Governo Federal, a expectativa é de que maiores resultados surjam a curto prazo.

Além das novas atividades, Paranaguá ainda conta com os agentes de endemia, que utilizam bombas costais, o popular fumacê, durante todo o ano, de forma estratégica pensando na logística individual de cada bairro. E, mesmo com as novas táticas de cuidados sanitários adotados, a cidade pretende continuar com a eliminação de criadouros e as ações tradicionais de enfrentamento ao vírus.

Uma nova rodada de informações sobre os números da doença será divulgada na terça-feira (20), pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, por intermédio do boletim epidemiológico semanal.