Pescadores do Paraná se reúnem em Pontal para debater sobre cota da pesca industrial da tainha


Por Redação Publicado 25/10/2023 às 15h05 Atualizado 19/02/2024 às 03h08
As consultas e o estudo técnico sobre a tainha serão divulgados em dezembro, junto ao normativo de 2024. Foto: Prefeitura de Pontal do Paraná.

A Colônia de Pescadores Z-5 de Pontal do Paraná sediou a terceira reunião temática do Ministério da Pesca e Aquicultura sobre o Plano de Gestão da Tainha de 2024. O encontro que aconteceu nessa terça-feira (24) teve por finalidade debater sobre a cota da pesca industrial nas regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Após duas reuniões realizadas em Santa Catarina, Pontal do Paraná é a primeira cidade do estado a sediar um encontro do Grupo de Trabalho (GT), criado em 29 de junho de 2023.

O grupo é composto por representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura, por meio da Secretaria Nacional de Pesca Artesanal (SNPA), Secretaria Nacional de Pesca Industrial (SNPI) e Secretaria Nacional de Registro e Monitoramento (SERMOP) e discute as cotas de pesca industrial da tainha para 2024 no litoral Sul e Sudeste junto aos pescadores.

Apoio aos pescadores

Durante o encontro, o prefeito Rudisney Gimenes Filho (MDB), o Rudão Gimenes, destacou que objetivo da reunião era encontrar um denominador comum entre pescadores, além de fornecer informações precisas ao Governo federal para alimentar a base de dados que estabelece o limite de toneladas na temporada de pesca.

Às vezes nos esquecemos da parte burocrática, mas ela desempenha um papel importante para aqueles que trabalham na construção de políticas públicas. É fundamental estabelecer regras que garantam a segurança e manutenção da atividade pesqueira. Nós reconhecemos que a pesca artesanal é diferente e não representa uma ameaça ao meio ambiente, por isso, estamos comprometidos com a categoria e vamos apoiar a decisão dos pescadores”, ressaltou o prefeito.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Jackson Cesar Bassfeld, a resolução final dos pescadores será definida no último encontro, realizado no Rio Grande do Sul.

O parecer final com a opinião de todos os pescadores acontecerá no Rio Grande do Sul, mas os pescadores artesanais do litoral, que estavam presentes na reunião, definiram que se crie uma cota para a pesca industrial e não se estabeleça um limite para o artesanal”, explica o secretário.

Safra de 2024

Com as consultas e o estudo técnico sobre a tainha, que serão divulgados em dezembro junto com as normativas de 2024, o Governo Federal tenta evitar o que aconteceu na temporada deste ano, quando a cota de 460 toneladas para pesca artesanal e a cota zero para a pesca industrial provocou protestos, principalmente em Santa Catarina.