Pinguins-de-Magalhães voltam ao mar após reabilitação em Pontal do Paraná


Por Redação Publicado 06/09/2023 às 15h48 Atualizado 18/02/2024 às 22h34
Os pinguins soltos foram resgatados em diversas praias do Litoral. Foto: Divulgação.

Um grupo de 12 Pinguins-de-Magalhães reabilitados retornou ao mar nesta quarta-feira (6). A soltura aconteceu às 12h, na praia de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, após cerca de dois meses de reabilitação no Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde de Fauna Marinha do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná.

Os pinguins soltos foram resgatados em diversas praias do Litoral, por meio das atividades diárias de monitoramento e do acionamento da comunidade. A maioria apresentava quadro de desnutrição e saúde debilitada, com presença de parasitas no sistema respiratório e marcas de emalhe de redes de pesca.

Reabilitação

Pinguins passam por reabilitação antes de voltar à natureza. Foto: Divulgação.

Ao chegar no Centro de Reabilitação, eles passam por um processo de isolamento, a fim de evitar a transmissão de potenciais doenças. Durante esse período, a equipe faz exames clínicos, estabilização, vermifugação e administração de medicamentos.

Já estáveis e sem parasitas, eles são encaminhados para os recintos de reabilitação, onde interagem uns com os outros. A soltura é realizada apenas quando os pinguins formam um grupo e estão saudáveis, com exames dentro do padrão para a espécie.

Soltura

Como os pinguins são animais que vivem em bando, a soltura é sempre feita em grupos, a fim de ter maior possibilidade de sucesso. A proteção e busca por alimento durante a jornada tem menor risco quando executados em agregações, e esta estratégia fortalece o grupo na volta para a natureza.

Para o veterinário do LEC/UFPR, Fábio Henrique de Lima, a soltura é a consolidação do trabalho realizado em prol da conservação. “É um momento em que a gente consegue envolver a sociedade e sensibilizar as pessoas da importância de conservação desses animais para a manutenção da qualidade do ecossistema, inclusive para a vida humana”, conclui o veterinário.

“Estes momentos nos permitem renovar a esperança, expor a necessidade de manutenção de nosso trabalho e mostrar para as pessoas que, se cuidarmos do planeta, podemos ter uma perspectiva muito melhor em termos de saúde”, afirma Fábio Henrique. Foto: Divulgação

*Com informações do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC)