Professores da Unespar entram em greve na segunda-feira (15); categoria exige reajuste salarial de 42%


Por Amanda Batista Publicado 13/05/2023 às 19h15 Atualizado 18/02/2024 às 11h18

A partir da próxima segunda-feira (15), os professores de seis das sete universidades estaduais do Paraná entrarão em greve. A categoria sofre com a defasagem salarial desde 2017 e decidiu paralisar as atividades como forma de reivindicar um reajuste de 42%.

De acordo com João Guilherme de Souza Corrêa, vice-presidente da Seção Sindical dos Docentes da Unespar (Sindunespar), o movimento está ocorrendo na maioria das universidades estaduais do Paraná e os professores estão unidos na luta pelo reajuste salarial não só do corpo docente, mas de todos os servidores do funcionalismo público do Estado que não receberam o reajuste salarial adequado.

Ao todo, seis das sete universidades estaduais vão aderir à paralisação: a Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a Universidade Estadual de Maringá (UEM), a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL), que já está em greve desde a segunda-feira (8). Já a Unicentro fará assembleia na quarta-feira (17) para decidir se vai aderir ao movimento.

Nos últimos quatro anos, a gente não teve nenhum diálogo com o governo a respeito da data base, um instrumento legal de reposição salarial previsto na Constituição que tem por objetivo evitar a defasagem salarial do trabalhador. Então, cansados dessa defasagem enorme, resolvemos deflagrar a greve”, afirma o professor João Guilherme.

Entenda o assunto – A data-base para os reajustes e vencimentos das carreiras estatutárias do poder executivo do estado é estabelecida pela Lei nº 15.512 de 31 de maio de 2007, que determina que a revisão geral anual dos salários deve ser realizada no dia primeiro de maio de cada ano.

Apesar da lei, segundo o professor, a data-base não é cumprida desde 2015, quando o então governador Carlos Alberto Richa (PSDB), o Beto Richa, se negou a aplicar o índice de correção. Desde aquele ano, a Lei Estadual 18.493/2015 garantiu novamente o pagamento da data-base até 2017, mas o atual governador, Ratinho Jr. (PSD), também não cumpriu com a obrigação.