Reforma da Cagepar amplia atuação dos serviços da única agência reguladora municipal do Paraná


Por Amanda Batista Publicado 03/08/2023 às 14h31 Atualizado 18/02/2024 às 19h10

A Central de Água, Esgoto e Serviços Concedidos do Litoral do Paraná (CAGEPAR) – agência que fiscaliza os serviços de água e esgoto de Paranaguá – celebrou a conquista da reforma de seu prédio público, primeira sede de atuação da entidade, durante as comemorações dos 375 anos do município, no mês de julho. A obra, que conta com investimento de R$ 500 mil, abrangerá trabalhos de pintura e recuperação do telhado, construção de salas de atendimento ao público, adaptação da entrada para acessibilidade e construção de salas para os servidores. A expectativa é que em seis meses seja concluído.

De acordo com o diretor geral da CAGEPAR, Gabriel Antunes, a reconstrução da sede é uma vitória não só para a companhia, mas para toda a população parnanguara que possui a única agência reguladora municipal em funcionamento de todo o estado do Paraná.

A revitalização da sede proporcionará à população um local de atendimento com mais conforto e praticidade, bem como para os servidores da autarquia. Quando estiver pronta, ela contará com oito salas, sendo duas destinadas ao atendimento dos cidadãos, além de banheiro adaptado e rampa de acesso, que foi planejado com foco na inclusão”, afirma Antunes.

Conforme o diretor, uma das principais vantagens da reforma é atender e aumentar a proximidade da agência com a população. “Nem todas as manifestações dos cidadãos sobre os serviços de água e esgoto são registradas na ouvidoria da Cagepar. Esperamos que, com a inauguração, mais pessoas tomem conhecimento e busquem a agência. Estamos de portas abertas para ouvir e cumprir a nossa função”, destaca.


Histórico e atribuições da agência


A Cagepar monitora a qualidade da água do abastecimento e o tratamento de efluentes; os investimentos em infraestrutura e modernização dos sistemas; a redução dos índices de perda no tratamento e distribuição de água e; os índices de atendimento da população com água e esgoto. Esse monitoramento é feito através de levantamentos técnicos e avaliação de laudos realizados por empresas certificadas.

A companhia foi criada em 1966 como concessionária de serviços de água e esgoto de Paranaguá. Daquela época até 1997, a atividade era feita exclusivamente pela empresa. Porém, naquele ano, foi realizada a subconcessão, transferindo os serviços para a Águas de Paranaguá, que hoje é conhecida como Paranaguá Saneamento.

Em 2015, a Cagepar foi transformada de concessionária para autarquia e tornou-se uma agência reguladora. Sua atuação começou na primeira gestão do prefeito Marcelo Roque (PSD), em 2017.

Monitoramento da água e esgoto


As principais denúncias recebidas na agência estão relacionadas a problemas como qualidade de água, extravasamento de esgoto e falta de pressão na rede. Porém, a maioria delas é realizada de maneira informal, por meio de redes sociais. Segundo o diretor, o ideal é que a população entre em contato pelo canal da ouvidoria, já que nem todas as denúncias informais chegam à Central. Neste ano, apenas três queixas foram registradas no canal.

Algumas denúncias chegam ao conhecimento da agência e são averiguadas como qualquer outra indicação, porém, sem a oficialização, é impossível manter o registro destas ocorrências e verificar cada situação com uma maior profundidade”, afirma Gabriel Antunes.

O diretor esclarece que, eventualmente, são divulgados boatos nas redes sociais de que a água do município está contaminada e é imprópria para o consumo, mas as acusações não procedem. “A água fornecida é potável e de qualidade, e qualquer problema com a cor ou gosto pode ser resultado de questões pontuais na rede, quando há vazamento ou um alto índice de chuva, mas logo o serviço volta ao normal”, explica.

Ele ainda ressalta que a população apenas corre risco quando consome água de poço em áreas urbanas, já que os lençóis freáticos podem ser contaminados. “Já recebemos casos de pessoas que tinham poço próximo ao cemitério e comentavam sobre a água ser doce, mas é porque ela era contaminada com restos mortais e coliformes fecais. Então, a área urbana não pode ter poços devido ao risco à saúde e nós trabalhamos para que casos como esse não ocorram mais”, conclui Gabriel.