Vamos falar de Rio Branco?


Por Marinna Prota Publicado 16/08/2021 às 14h01 Atualizado 16/02/2024 às 10h20
Rio Branco

Se dentro dos gramados a situação não é o que imaginamos para um ano de calendário cheio, fora dele muitas mudanças permeiam a direção do Rio Branco. A começar pela parceria com um empresário para poder trazer bons nomes, depois o retorno de Vitão como técnico, mas também como agente que auxilia na escolha de atletas e, por último, mas não menos importante, as parcerias com clubes da capital, vide atletas do Paraná Clube que têm chegado ao Estradinha e também as frequentes declarações do atual presidente do Coritiba sobre a relação com o Leão e o apoio que poderá ser fornecido.

Tendo em vista todo esse cenário, posso dizer que o futebol de Paranaguá vive hoje um momento de mudança. Um momento em que teremos que esperar o melhor para poder observar se, de fato, o clube centenário, um dos poucos do estado, irá conseguir se reerguer. Na matéria sobre o Ato Trabalhista, trazemos indicadores de como uma possível mudança na diretoria pode afetar o pagamento das dívidas.

Segundo o próprio advogado do clube, o respeitado especialista em direito desportivo, Márcio Suttile, se Erminho e Itamar saírem do comando, poderemos ver a Estradinha novamente indo a leilão. Posso discordar de muitas atitudes dos dirigentes, mas por conhecer uns e outros, sei que ainda há boa intenção em fazer com que o Leão se reerga. Minha crítica maior vai para a falta de cuidado com a imagem do clube e a quebra na comunicação com o torcedor, mas isso pode ser facilmente resolvido. Assessoria de imprensa e comunicação institucional são para isso.

Será que será?

Pensando com os meus botões, um cenário que poderá ocorrer aqui na Cidade-Mãe é a transformação do Rio Branco Sport Club em uma empresa S.A. O que isso significa? Que o clube deixaria de ser uma Organização Civil, para se tornar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Na prática, o modelo aprovado e sancionado em lei pelo presidente Jair Bolsonaro, em 6 de agosto, deverá beneficiar estilos de negócio diferentes e a captação de renda.

No caso do Rio Branco, a ideia pode ser ainda mais ampla. Sabe o Ato Trabalhista? Dívidas cíveis e também trabalhistas poderão ser renegociadas de várias formas, inclusive com a “concessão” de ações, caso o clube abra a sua participação na bolsa de valores e afins. Como tudo isso é muito novo, não posso dizer se é uma boa ou uma péssima ideia, mas na atual conjuntura, acho que vale tentar.

Por Marinna Protasiewytch