Investir verdadeiramente na economicidade
Nesta edição o JB mostra que aquilo que foi investido pela prefeitura, em apenas seis meses de gestão, como na pavimentação asfáltica a quente, seria o suficiente para comprar duas usinas de asfalto e não mais fazer nenhuma compra até o final da gestão, apenas o material necessário para produzir o asfalto.
Mas adotar esta postura resulta em tantas outras que a maioria dos gestores não vê com bons olhos. Afinal, não se comprando mais asfalto de empresários sempre que for necessário, deixa-se de investir recursos públicos, às vezes, em empresas amigas e, algumas, até amigas dos amigos. Mas como manter os fortes laços desta amizade durante os longos anos de gestão?
A reportagem sugere até uma união de pequenos municípios vizinhos no investimento para compra de uma usina de uso regional e, como sete cidades do litoral se uniram e formaram o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (CISLIPA), é possível fazer o mesmo para comprar uma usina de asfalto que atenda a todos os municípios.
Desta maneira, poderia se avaliar a verdadeira vontade de buscar a economicidade dos novos prefeitos eleitos no ano passado. Até porque todos reclamaram de heranças malditas na área financeira.
Entretanto, mais que economia, usar os recursos de impostos e taxas e repasses do Estado e União, o importante é geri-los com responsabilidade e inteligência. Pois se houver sobra, certamente também haverá superávit a cada orçamento. E isto pode resultar nas obras que o povo precisa e maiores investimentos em saúde, educação e segurança.