Os faróis dos carros na noite do “Corujão da Vacinação” representam as luzes da esperança de um litoral sem Covid
A vacinação no Brasil segue lenta, quando comparada com outros países no mundo. O atraso nas negociações, os problemas das relações internacionais, a não participação ativa na questão científica mundial deixaram o nosso enorme País em números absurdamentes vagarosos. Em comparação ao total de doses aplicadas, que leva em conta o tamanho da população de cada país, o Brasil aparece em 73º entre 166 nações e territórios, conforme levantamento publicado no portal de Oxford. O Ministério da Saúde sabe que o Brasil tem capacidade instalada para vacinar mais de 2,4 milhões de pessoas por dia, pois já chegou a aplicar em 18 milhões de crianças na campanha contra a poliomilite, durante o governo de FHC. Mas, desde 17 de janeiro deste ano, o País só superou três vezes a marca de 1 milhão de vacinados em 24 horas, algo absolutamente ineficiente para um país considerado referência mundial na questão da vacinação.
Essa é uma das lutas das prefeituras do litoral paranaense: vacinar o maior número de pessoas em menor tempo! A forma mais segura de controlarmos a pandemia, de minimizarmos a porcentagem de ocupações nos leitos dos hospitais, de diminuírmos os números de infectados e de mortes nas cidades, será somente por meio da vacinação, ainda mais com a população aderindo cada vez menos às medidas de restrições, como divulgado em levantamento do instituto de pesquisa Ipsos. O próprio prefeito de Paranaguá, Marcelo Elias Roque (Pode), que representa os 7 municípios da região, por meio da Amlipa – Associação dos Municípios do Litoral do Paraná, diz abertamente na imprensa que “vacina boa, é vacina no braço da população”. E é por meio dessa essência que a maior cidade populacional do litoral tem atuado na questão da vacinação.
Na última sexta-feira (18), uma ação repleta de emoção tomou conta de Paranaguá, com a idealização do “Corujão da Vacinação”. Com atendimento das 19h até quase 4 horas da manhã de sábado (19), mais de 2.400 doses de imunizantes contra a Covid-19 foram aplicadas em sistema de drive-thru ou presencialmente, na Estação Ferroviária da cidade. A avenida Maximiano da Fonseca, que todos os anos recebe o Carnaval, a festa de vida e da elegria, este ano se tornou o cenário da vacinação e do combate ao vírus, conforme matéria produzida por nossa equipe de reportagem, publicada aqui nesta edição. O prédio, que é símbolo do desenvolvimento histórico de nosso município , que já foi responsável por transportar milhares de pessoas, que passou recentemente por revitalização, foi o local escolhido para nos “transportar” para um futuro sem a doença e por “revitalizar” as nossas esperanças de dias melhores.
Nas redes sociais, foi lindo ver centenas de pessoas com o sorriso no rosto, postando fotos da imunização durante o fim de semana, de filhos, pais, avós, amigos felizes por poderem respirar um pouquinho mais aliviados, por meio da esperança em 0,5 ml de pura ciência. E é por isso que, para nós do JB, que acompanhamos a ação, cada uma das luzez dos faróis dos carros na noite de sexta-feira, no Corujão da Vacinação, representou, além de vários cidadãos da nossa cidade imunizados, a esperança de vermos no futuro um litoral livre, ou pelo menos um pouco mais seguro, contra este vírus que já levou mais de 670 vidas de nossa gente litorânea.
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