MPPR denuncia delegado e dois policiais em Paranaguá por apropriação de cocaína


Por Redação Publicado 06/09/2024 às 09h40

Na quinta-feira (5), o Ministério Público do Paraná apresentou uma denúncia em Paranaguá contra o delegado Tiago José Wladyka e dois agentes da Polícia Civil, envolvidos na Operação Budapeste. Esta é a segunda denúncia resultante da operação, conduzida pelo Núcleo Regional de Paranaguá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que atribui a eles crimes como abuso de autoridade, furto qualificado, supressão de sinal identificador de veículo e tráfico de drogas.

De acordo com a denúncia, os três policiais teriam se apropriado de uma carga de cocaína que estava sob a guarda de traficantes, após simular uma abordagem policial no dia 5 de junho. A Operação Budapeste foi lançada em 9 de agosto, resultando na execução de mandados de busca e apreensão em locais relacionados aos investigados. Atualmente, todos os denunciados estão presos na Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.

Além da condenação pelos crimes citados, o MPPR solicita cautelarmente que seja suspenso o acesso dos denunciados aos sistemas restritos da Polícia Civil e, ao final do processo, a perda dos cargos que ocupam.

INVESTIGAÇÃO

Conforme a investigação, os agentes públicos estariam envolvidos na subtração de uma carga de cocaína armazenada por traficantes em uma casa em Paranaguá, levada após uma simulação de abordagem policial em 5 de junho. A droga teria sido depois repartida e armazenada em Curitiba, Quatro Barras e outras localidades.

Parte desse material (aproximadamente 56 quilos de cocaína e alguns pés de maconha) foi localizada pelo Gaeco em Quatro Barras, após uma busca e apreensão autorizada pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da comarca. Foi constatado o envolvimento direto do delegado da Polícia Civil na cidade e de três agentes de polícia judiciária no caso, além de outras quatro pessoas.

APREENSÃO

Durante as diligências foram apreendidos veículos, armas de fogo, cerca de R$ 100 mil em espécie, celulares e documentos. Foi verificado ainda que a residência em Quatro Barras, onde as drogas foram localizadas, foi incendiada. As investigações do Gaeco tiveram a cooperação da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

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