Policial civil que atirou em PM dentro de casa de show, volta a se envolver em confusão e vai parar na delegacia


Por Flávia Barros Publicado 27/06/2022 às 07h07 Atualizado 17/02/2024 às 11h24

Sete meses depois de atirar contra um sargento da reserva da Polícia Militar, após uma discussão dentro da casa de shows Showpanas, na Ponta do Caju, em Paranaguá, o policial civil Rogério Ferreira Franco, de 48 anos, que foi preso na época, já estava em liberdade e foi novamente parar na delegacia, na madrugada desse domingo (26). Dessa vez a situação foi registrada dentro de uma residência, em Curitiba, onde, mais uma vez, o policial civil se envolveu em confusão com policiais militares.

RESISTÊNCIA


De acordo com o Boletim de Ocorrência a que o JB Litoral teve acesso, a Polícia Militar foi chamada porque estaria ocorrendo uma briga em uma casa no bairro Santa Cândida, zona norte da capital, e que um dos envolvidos estaria armado. Ainda segundo o documento, quando os policiais militares chegaram à residência, Rogério se identificou como policial civil e, mesmo visivelmente embriagado e armado, exigiu que os militares estaduais abordassem o homem que estava saindo do local porque ele também estaria armado. O policial civil foi contido e desarmado, mas seguia resistindo à abordagem dos policiais militares. Teve que ser chamado reforço da PM e da polícia civil por se tratar de detido pertencente à corporação.

Tanto o responsável pela residência quanto o vizinho que se sentiu incomodado pela bagunça feita na casa em que o policial participava de uma festa e, ainda, o policial que baleou o sargento da reserva em novembro passado, foram conduzidos para a Central de Flagrantes de Curitiba, onde assinaram um termo circunstanciado por perturbação de sossego.

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O policial civil Rogério Ferreira Franco, de 48 anos, tem um passado recente conturbado; ele segue na ativa. Foto: divulgação


O QUE DIZ A CORPORAÇÃO


O JB Litoral entrou em contato com a Polícia Civil, que se pronunciou por meio de sua assessoria de comunicação. Segundo a corporação, foi lavrado termo circunstanciado por perturbação do sossego e, ainda, que toda ocorrência envolvendo o policial civil é apurada mediante a instauração de procedimento disciplinar.

PASSADO CONTURBADO


Essa não é “apenas” a segunda confusão em que o policial civil Rogério Ferreira Franco se envolve.  Além de ser autuado em flagrante por tentativa de homicídio, após balear no pescoço o sargento Adailton Maia Passos, de 52 anos, em Paranaguá e se envolver nessa confusão de domingo, Rogério também foi detido em 2018, no bairro Costeira, em Paranaguá, depois de se envolver em um acidente de trânsito e, mesmo com sinais de embriaguez, se recusar a fazer o bafômetro. Também na região, na vizinha Pontal do Paraná, Rogério se envolveu em uma briga de bar, dois dias após a tentativa de homicídio, no Showpanas. Em 15 de novembro de 2021, onde quebrou uma garrafa na cabeça de um homem no bar 277 e apontou a arma para ele.

Meses antes, em julho do ano passado, em Curitiba, Rogério se envolveu em confusão em uma distribuidora de bebidas e, novamente, entrou em atrito com policiais militares chamados por perturbação de sossego. Na ocasião, Rogério discutiu com os PMs, mais uma vez com sinais de embriaguez, segundo o Boletim de Ocorrência. O policial civil foi até a distribuidora utilizando uma viatura da corporação, onde estava a arma também de propriedade da Polícia Civil.

Mesmo diante de tantas infrações, o policial civil continua na ativa.