Matomi e Akira buscam o resgate da representatividade japonesa na Câmara


Por Redação JB Litoral Publicado 28/09/2016 às 12h45 Atualizado 14/02/2024 às 16h27

Foto: Divulgação

Sem um legítimo representante da comunidade japonesa na Câmara Municipal desde 1989, este ano, Paranaguá pode quebrar este tabu com dois fortes concorrentes ao Palácio Carijó, Matomi Yasuda (PSL) e Julio Cesar Akira (PPL).  

 

Na história política parnanguara, o comerciante Tsutomu Furusawa foi o primeiro filho de japonês eleito vereador em 1972, pelo extinto partido de apoio à ditadura militar, Aliança Renovadora Nacional (ARENA), para gestão de 1973 a 1976. Ele foi reeleito e ficou na Câmara até 1980. Porém, em 1976, quando Furusawa foi reeleito, o extinto partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que fazia oposição à ARENA, elegeu o comerciário, Massami Takayama que se manteve vereador por 12 anos, até 1988. Em 1992, Takayama foi eleito como vice-prefeito de Carlos Antonio Tortato pelo PMDB.

Desde então, a comunidade japonesa não viu nenhum representante se eleger prefeito, vice-prefeito e vereador.

Neste ano, o filho de Furusawa busca o resgate da posição política que a família já teve no passado. Integrante da coligação Avante Paranaguá formada pelos partidos PPL e PR, Akira participou ativamente da gestão do Ex-prefeito José Baka Filho (PDT) como cargo comissionado e já presidiu importantes siglas na cidade, a última delas o PRB.

 

Matomi experiência legislativa e na área ambiental
 

Integrante da coligação Paranaguá Precisa Crescer, formada pelos partidos PSL, PTC, SD e PRTB, Matomi Yasuda é de família histórica japonesa na cidade, cujo pai, Shigeru Yasuda, que chegou ao Brasil com apenas 20 dólares do bolso na década de 60, ficou famoso por sua visão de vanguarda no comércio, popularizando a Loja AB que marcou época na cidade gerando emprego e renda.

Com determinação em consolidar sua vida e, ao mesmo tempo, ajudar a família após a morte do pai, Matomi foi dekassegui no Japão, formou-se em direito, passou pela Câmara Municipal e chegou a Chefe do Escritório Regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e, hoje, atua no ramo imobiliário.

Com experiência na área ambiental, Matomi gerou polêmica por sua defesa ferrenha contra os entraves ambientais, a ponto de defender a imediata implantação do Parque Industrial, o licenciamento ambiental pelo município e a extinção do Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral (COLIT).