No mês em que se comemora o Dia do Trabalhador Químico, sindicato de Paranaguá destaca a importância desses profissionais para a cidade


Por Cleverson Teixeira Publicado 16/07/2024 às 13h52 Atualizado 18/07/2024 às 09h06
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“O Dia do Químico é uma maneira de agradecer por tudo que eles fazem pela cidade”, disse o presidente do STIQFAPAR. Foto: Juan Lima/JB Litoral

Em 2017, passou a valer no estado vizinho de São Paulo a Lei 16.364, que institui 21 de julho como o Dia do Trabalhador da Indústria Química. Mesmo não sendo uma comemoração a nível nacional, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Paranaguá (STIQFAPAR), que conta com 100 associados, também resolveu utilizar essa data para homenagear as cerca de 5 mil pessoas que atuam nesse ramo na Cidade-Mãe do Paraná.

No total, 13 empresas do setor químico de Paranaguá são cadastradas junto ao STIQFAPAR, que recebeu a carta sindical há dois anos para atuar de forma efetiva na região. Sabendo da relevância dessas instituições e dos profissionais para a cidade, o presidente do Sindicato, Arildo do Nascimento, conversou com o JB Litoral sobre a implementação dessa data comemorativa. “É uma data que a gente está tentando colocar no calendário oficial do Município. O Dia do Químico é uma maneira de agradecer por tudo que os trabalhadores fazem pela cidade, pelo porto e pela empresa que eles estão inseridos”, afirmou.

Além disso, ele destacou a importância de o trabalhador ter um local que represente a sua categoria. “O pessoal, hoje, tem uma referência. Antes, os funcionários, quando tinham alguma dúvida, não sabiam para onde ir. Agora, eles contam com este espaço, que é a casa do trabalhador. Nós temos uma assessoria jurídica bem atuante. Então, o Sindicato é muito importante, porque está mais próximo, tanto do trabalhador quanto das empresas”, destacou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Paranaguá.


TRABALHADOR DO RAMO DE FERTILIZANTES


Cleiton Cardoso Silva é um dos 5 mil trabalhadores que atuam na área química, em Paranaguá. Ele trabalha há mais de 20 anos em uma empresa de fertilizantes. Na entrevista concedida ao JB Litoral, ele contou quais foram as suas funções antes de chegar ao cargo de liderança. “Tomo conta da equipe, garantindo a qualidade e a produção. Comecei no ramo da limpeza e fui progredindo. Trabalhei, também, nas áreas de operação de produção, sinaleira, dosagem, conferência de micronutrientes e descarga. Estou há 23 anos atuando, mas na liderança de produção são 13 anos”, relatou.

Ele também aproveitou para detalhar a rotina das atividades dentro da empresa. De acordo com o profissional, diversas fórmulas são utilizadas durante a mistura dos adubos e todo o processo conta com a ajuda da tecnologia.

Cleiton trabalha há 23 anos no ramo de produção química
Cleiton trabalha há 23 anos no ramo de produção química Foto: Juan Lima/JB Litoral

Produzimos misturas de fertilizantes conforme a análise do solo feita pelo cliente. Dependendo das necessidades da terra, utilizamos macros e micronutrientes. O cliente manda o material, o computador faz a formulação e temos operadores para envase e controle de qualidade. Cada tipo de solo e plantio requer uma formulação diferente”, explicou.


O SINDICATO NA VISÃO DE UM PROFISSIONAL


O líder de produção também fortaleceu o valor que o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas e Farmacêuticas agrega para os profissionais da área. “O sindicato tem trazido cursos profissionalizantes, ajudando na qualificação dos trabalhadores. Antes, não havia esse suporte. Agora, há mais oportunidades de aprendizado e melhoria de vida”, disse.

Ele ainda complementou, dizendo que nunca viu tamanha representatividade da categoria desde a chegada do Sindicato. “O trabalhador, ter esta casa para se sentir representado, para procurar ajuda quando precisa, é ótimo. Antes, não tínhamos acesso a tudo isso, mas hoje temos”, conclui Cleiton Cardoso.

Sindicato dos Trabalhadores Químicos de Paranaguá atua de forma efetiva há dois anos
Sindicato dos Trabalhadores Químicos de Paranaguá atua de forma efetiva há dois anos. Foto: Juan Lima/JB Litoral

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