Com morte por dengue confirmada pelo Ministério da Saúde, “Antonina já está em epidemia”, diz secretário municipal de Saúde

Números da doença em crescimento fazem Governo do Estado lançar nova campanha de combate à dengue, “O momento da epidemia de dengue no Paraná é crítico”, afirma secretário estadual da Saúde


Por Flávia Barros Publicado 10/02/2024 às 19h04

O boletim semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), publicado na última terça-feira (6) aponta dois novos óbitos e 7.238 casos de dengue. As duas mortes aconteceram em Apucarana, no Norte do Estado, entre os dias 13 e 18 de janeiro. Morreram dois homens: um de 22 anos e outro de 73 anos, ambos sem comorbidades. Até agora, o Paraná registra oito óbitos pela doença, dentro do período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, com 29.075 casos confirmados. Porém, o Ministério da Saúde, já confirma 14 mortes e aponta outros 16 casos sob investigação, no Paraná.

Também segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses – Dengue, do Ministério da Saúde, Antonina tem uma morte confirmada, em decorrência da doença.

Em parceria com o Governo do Estado, Antonina realizou, neste sábado (10) o fumacê nos bairros do Km 4; ação tem sido usada no combate à dengue na cidade. Foto: Ilustrativa

O caso

De acordo com o secretário de Saúde de Antonina, Odileno Garcia, o município ainda aguarda a confirmação, mas o caso considerado sob investigação pela prefeitura da cidade, trata-se de uma moradora de Antonina que faleceu no Hospital de Morretes.

Ela foi atendida na rede municipal de Antonina, mas a família optou por voltar para casa e, no dia seguinte, procuraram atendimento na rede de Morretes, onde a paciente foi a óbito“, disse o secretário Odileno Garcia, em entrevista à Rádio Graciosa, na última quinta-feira (8).  

Não sabemos o motivo que levou à família a retirar a paciente de Antonina. Naquele dia tivemos 216 atendimentos. Agora já passamos de mil casos da, segundo nossos dados municipais“, completou.

O perigo mora na cidade

Ao contrário do que muita gente pensa, que a área rural é mais propensa à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, o secretário explicou que a área urbana de Antonina, ao contrário da vizinha Morretes, é maior, e concentra imóveis antigos, com muitas áreas propensas a serem criadouros, como calhas em alturas de dois ou três metros, dificultando o acesso.

Antonina já está em epidemia e, ao contrário de Morretes, que o rio passa no meio da cidade, a nossa concentração urbana é maior e não passa o rio na cidade, em áreas próximas aos rios a incidência é menor dos mosquitos, pois os predadores naturais do mosquito estão nessas regiões”, afirmou Odileno.

Nova campanha

Na sexta-feira (9), o Governo do Paraná lançou uma nova campanha de combate à dengue. O objetivo é alertar a população sobre prevenção da doença. Ou seja, todos os cuidados para evitar que o Aedes aegypti se reproduza.

Com o mote “Olha a dengue aí!”, ela vai reforçar a importância de a população limpar seus quintais e outras áreas que possam acumular água – ambiente ideal para a procriação do mosquito – ressaltando que é fundamental a participação de toda sociedade.

O momento da epidemia de dengue no Paraná é crítico. Precisamos redobrar nossos cuidados pessoais nas nossas casas, nos quintais, no terreno ao lado da nossa casa, nas praças públicas. E, principalmente, tem que ser feito o trabalho de todas as equipes de saúde dos municípios e do Estado. Quero conclamar todos nesse momento nessa luta contra o mosquito”, enfatizou o secretário de Estado de Saúde, Beto Preto.

O secretário afirma que a dengue é uma doença evitável se todos fizerem sua parte no combate. “Se não tivermos o mosquito, não teremos dengue e muito menos vamos perder vidas para a dengue. Por isso, o momento é de todo unirmos forças. O Paraná precisa trabalhar unido para termos paz e mandarmos a dengue embora”, concluiu.

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