Descaso com erário virando cultura na cidade!


Por Redação JB Litoral Publicado 02/11/2015 às 08h00 Atualizado 14/02/2024 às 10h47

Desculpas convenientes e técnicas aliadas ao processo burocrático e a falta de praticidade de leis, como a da Responsabilidade Fiscal estão criando em Paranaguá um novo tipo de cultura: a do descaso com recursos públicos. 

Desde a gestão anterior, obras gigantescas como o Mega Rocio e outras de suma importância para sociedade, como a creche do Jardim Iguaçu, passados quase três anos, ainda estão na fase de canteiro de obras, ou pior, destruídas.

O descaso com recursos federais, na ordem de R$ 1,2 milhão, no Jardim Iguaçu, chega a ser criminoso diante do desperdício de materiais de construção, atos de vandalismos e estado de abandono do que está previsto para ser uma ferramenta de apoio para muitas mães que precisam trabalhar.

Por incrível que pareça, as desculpas convenientes se tornam legais a ponto de o Ministério Público não fazer absolutamente nada contra os vândalos da gestão pública.
A reportagem que o JB traz em suas páginas centrais da creche do Jardim Iguaçu mostra o nível de comprometimento político com a necessidade daquela comunidade e com a pertinente austeridade, que deveria ser pontual na administração.

Na semana passada, atos de vandalismo na obra parada da Praça do Guincho resultaram na indignação de vereadores, secretários e prefeito, mas o prejuízo causado no Centro Histórico não é nada diante de uma situação como esta. Ela se torna pior ainda na medida em que a obra continua sem segurança e com acesso contínuo e facilitado para sucateamento do que ainda resta.
Não se pode entender o que é prioridade analisando atos distintos e tão significativos como este, pois há a revolta com postes jogados na água e não se faz nada com uma estrutura em processo de destruição.

É preciso que a administração avalie algo que os economistas levam muito a sério, que é o tal do custo benefício e, enquanto não se faz nada, ao menos deve-se evitar que o processo de sucateamento prossiga.