Quando o povo não é o foco!


Por Redação JB Litoral Publicado 29/11/2015 às 05h00 Atualizado 14/02/2024 às 11h10

Para se ter ideia da dimensão do voto para os representantes mais próximos da população, os vereadores, o eleitor teria que ter a obrigação de acompanhar o trabalho na Câmara Municipal ao longo do mandato afim de que ele identifique, ao menos, se valeu a pena a confiança depositada na urna e até mesmo o tempo dispensado no domingo de votação.

O falho sistema eleitoral permite que até semianalfabetos possam se tornar, por sua popularidade na comunidade, esporte ou em sua profissão, nossos representantes no Poder Legislativo.
E depois, no dia a dia com a obrigação de exercer um mandato que lhe confere grandes poderes, como fica?

Essa pergunta seria de fácil resposta se todas as terças e quintas as 200 poltronas do plenário fossem constantemente ocupadas pelos eleitores parnanguaras.

Mas não é o que acontece e o atual retrato reflete vereadores copiando projetos de outras câmaras e adaptando à realidade local. Para intensificar a condição lastimável, há outros que não estudam e nem analisam ideias e investem em projetos sem condições de implantação. Felizmente, há uma minoria que leva a sério o compromisso firmado com os eleitores e acabam fazendo de forma séria e com resultado o dever de casa.

Mas como em todo segmento a maçã podre nunca fica ausente, existem também aqueles que investem na demagogia em seus projetos, gerando uma expectativa de benefício que eles sabem que jamais se concretizará. Estes fazem projetos para serem vetados pelo prefeito e, depois da discussão do veto, jogam-no contra a população e, enchendo o peito, bradam que fizeram sua parte.
Este tipo de vereador precisa ser banido da vida pública. A boa notícia é que defenestrar esse tipo de “representante” só depende do eleitor, que pode e deve acompanhar o cotidiano do legislativo municipal. 2016 está batendo em nossa porta.