Acusado de assassinar Nado Valentim enfrentará júri popular


Por Brisa Teixeira Publicado 27/09/2021 às 15h14 Atualizado 16/02/2024 às 14h29
Nado Valentim sentado na rede. Faz um joinha com a mão

Segundo familiares, a comunidade da Ilha do Mel está esperançosa com o encaminhamento das novas decisões da justiça sobre o caso do assassinato de Reinaldo Valentim, o Nado, popular morador da região.

Ian Matthews Rosano Matiussi, suspeito de ser o autor do homicídio qualificado que provocou comoção e tristeza no período de festas de 2020 na Praia de Fora, em Encantadas, enfrentará o Tribunal do Júri.  Ele aguarda o julgamento em prisão domiciliar com o uso de tornozeleira e recolhimento noturno devido ao crime que teria cometido no dia 27 de dezembro daquele ano.

O JB Litoral, em entrevista com o assistente de acusação, o advogado Giordano Sadday Vilarinho Reinert, obteve informações detalhadas da sentença de pronúncia – proferida no última sexta (24) – e dos próximos encaminhamentos da Justiça, que remetem o caso ao Tribunal do Júri, composto por sete jurados.

Análise do processo

Caso haja interposição de recurso, o processo será analisado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal da Justiça do Paraná”, explica o advogado. Ele aguarda que seja mantida a decisão de pronúncia nos exatos termos proferidos pelo Juiz Leonardo Lago. No entanto, Reinert explica que, após a análise pelo Tribunal de Justiça do Paraná, pode ainda haver recurso para as cortes superiores Supremo Tribunal da Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), situação que pode atrasar o julgamento.  

Sobre a sentença de pronúncia, Reinert explica que houve o entendimento do juiz, no sentido da existência de materialidade e indícios suficientes de autoria para mandar o réu para o julgamento pelo Tribunal do Júri. O  prazo para a defesa recorrer teoricamente é de cinco dias e dois para apresentar as razões. No entanto, segundo o advogado, as intimações podem demorar até dez dias ou mais, em vista do sistema Projudi.

 “Pode ser que demore ainda mais uns seis, oito meses ou até um ano para o julgamento final. Mas também pode acontecer de os advogados, em razão dos condições que o réu já vem cumprindo, querer fazer o júri popular já”, esclarece. Tudo vai depender se a defesa vai recorrer ou não para a gente ter noção de quando será marcado o julgamento.