Alvaro Dias ameaça disputar governo se Ratinho Jr não demonstrar “reciprocidade”


Por Publicado 17/04/2022 às 03h02 Atualizado 17/02/2024 às 06h30
Senador pretende disputar a reeleição, mas dependendo de como os acordos forem firmados, pode tentar retornar ao Palácio Iguaçu. Foto: Divulgação/ Senado Federal

Com a aproximação das eleições nacionais, figuras importantes da política paranaense começam a se movimentar para atingir novos objetivos pessoais e partidário.

Com a perda de Sérgio Moro para o União Brasil faltando um dia para o fim da janela partidária, o Podemos, de Alvaro Dias, ensaia uma aproximação com o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), reprisando a coligação vitoriosa em 2018, quando Oriovisto Guimarães (Podemos), que surgia nas primeiras sondagens com 1%, acabou eleito com o apoio do atual chefe do executivo.

A ideia do partido que hoje ocupa as três cadeiras paranaenses no Senado é dividir Ratinho Jr com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que também é próximo do governador. Com isso, tanto Bolsonaro quanto Alvaro teriam o apoio daquele que aparece em 1º nas pesquisas no estado.

Se Ratinho aparenta ter vida fácil na tentativa de reeleição, o 3º nome mais citado pelo eleitor paranaense é Flávio Arns (Podemos), que hoje ocupa uma vaga no senado até 2026 e que afirma que caso o partido lance um nome, o ex-presidenciável Alvaro Dias é a única opção.

Dias deseja garantir mais uma eleição tranquila, como em 2014, quando obteve 77% dos votos, mas, se não receber um aceno formal do governador, pode mudar a postura e brigar pelo cargo que já ocupou entre 1987 e 1991.

O cenário mais favorável a ambos os postulantes à um novo mandato, é um apoio mútuo, mas caso Ratinho surja em palanque com Guto Silva (PP) – seu ex-secretário – ou outro candidato ao Senado Federal, o Podemos pode mudar seus planos, fazendo com que Deltan Dallagnon (PODEMOS) ex-procurador federal com atuação na Lava Jato brigue pela única vaga em disputa em Brasília e o então senador Alvaro entre na briga com Ratinho e Roberto Requião (PT) pelo Palácio Iguaçu.

Caso isso ocorra, três nomes populares entre o eleitorado entrariam em campo em busca de um cargo que ambos já ocuparam anteriormente. Um cenário diferente e que nenhuma pesquisa divulgada até o momento chegou a apresentar aos cidadãos do Paraná.