15 anos depois, Ilha do Maciel, em Pontal do Paraná, receberá novo trapiche
Após 15 anos desde o primeiro trapiche construído na Ilha do Maciel, em Pontal do Paraná, a comunidade receberá uma nova instalação. Na última semana, o prefeito do município, Rudisney Gimenes Filho (MDB), o Rudão Gimenes, assinou a ordem de serviço que autoriza o início da obra, que será realizada com investimentos da empresa pública Portos do Paraná.
Para o prefeito, o novo trapiche é uma grande conquista para a comunidade, já que a estrutura está condenada desde março de 2019, quando a empresa realizou uma pesquisa nas estruturas de todo o Litoral e constatou que as instalações de Amparo, Europinha, Eufrasina, Ilha do Teixeira, Piaçaguera e Ilha do Maciel eram irrecuperáveis.
“O novo trapiche será maior e terá flutuantes. Ele será de grande proveito porque existe uma dificuldade para a comunidade de Maciel poder embarcar. A estrutura do antigo trapiche está condenada e não permite o acesso, e acaba dificultando o transporte das crianças para a escola e a acessibilidade da comunidade como um todo”, explica Rudão Gimenes.
Além da Ilha do Maciel, Pontal do Sul também receberá uma nova estrutura. A construção será feita próxima ao novo mercado de peixe, com objetivo de facilitar a mobilidade e a acessibilidade dos moradores e turistas que frequentam o Balneário de Pontal do Sul.
Em nome da comunidade, Rudão agradeceu à empresa pelo investimento e reafirmou o compromisso com o turismo da região.
“Gratidão a todos os envolvidos que, por meio da obra, vão facilitar a vida dos moradores que dependem da locomoção aquática, seja por motivos de saúde, segurança ou trabalho. Juntos, vamos desenvolver ainda mais a qualidade de vida e o turismo da região”, concluiu o prefeito.
Reforma e construção de trapiches foi imposta pelo Ibama
A construção do trapiche é uma das condicionantes impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a emissão da Licença de Instalação (1144/16) da dragagem e aprofundamento do canal de navegação dos portos de Paranaguá e Antonina. As obras fazem parte do programa de compensação da atividade pesqueira e têm a intenção de minimizar os possíveis danos da atividade portuária nas comunidades afetadas.
Em 2017, a Portos do Paraná, ainda chamada de APPA, definiu, junto à comunidade do Litoral, quais seriam os trapiches e locais beneficiados pela empresa. O documento, assinado pelo Ministério Público do Paraná e validado pelo Ibama, formalizou o acordo que deu início à dragagem do canal naquele mesmo ano.
Além das estruturas de Pontal do Paraná, os trapiches de Nova Brasília e Encantadas, na Ilha do Mel, em Paranaguá, já foram reformados. Também receberam novas estruturas as comunidades do Rocio, Ilha dos Valadares (na Passarela e no Itiberê), e Antonina (na Ponta da Pita e no Portinho). O investimento total nas estruturas já entregues foi de R$ 14,5 milhões.
Agora, devem ser iniciadas a execução das obras em mais seis comunidades marítimas: Amparo, Europinha, Eufrasina, Ilha do Teixeira, Piaçaguera e Ilha do Maciel. Para essa fase, o investimento está estimado em R$ 20 milhões.
