Após episódio de desrespeito contra mãe de autista, supermercado recebe blitz informativa para conscientização
No último sábado, (19), uma equipe da Secretaria Municipal de Inclusão (Semi) de Paranaguá, em parceria com diversas secretarias, promoveu uma ação de conscientização no Supermercados Bavaresco. O objetivo da blitz era orientar tanto colaboradores quanto clientes sobre a importância da fila preferencial e o significado do cordão de girassol, numa iniciativa que ganhou ainda mais relevância após o episódio de agressão e desrespeito ocorrido recentemente, envolvendo uma mãe e seu filho autista no estabelecimento, e noticiado pelo JB Litoral.
Segundo a secretária municipal de Inclusão, Camila Leite, a ação busca estimular a empatia e disseminar a cultura da inclusão. “Esta ação é uma conscientização das pessoas como um chamado à empatia sobre a inclusão“, ressalta.
A equipe da blitz reforçou informações cruciais relacionadas à fila de atendimento preferencial. A prioridade absoluta foi destacada, sendo destinada a pessoas com mais de 80 anos. Em seguida, a ordem de preferência abrange pessoas enfermas, idosos, obesos, gestantes, lactantes e crianças de colo. Logo depois, vêm aquelas com deficiência ou mobilidade reduzida, pessoas com transtorno do espectro autista e portadoras de deficiência visual acompanhadas por cães-guia.
Cordão de girassol
A ação ganhou destaque adicional devido a uma recente lei municipal que reconhece o uso e a importância do cordão de girassol para pessoas com deficiências não visíveis. Isso inclui indivíduos com autismo, TDAH, deficiência intelectual, auditiva e visual, entre outras.
A mensagem transmitida aos clientes durante a blitz foi clara: ceder lugar, vez e dar passagem para aqueles que estejam usando o cordão de girassol. A empatia e a cordialidade foram enfatizadas como atitudes essenciais no cotidiano do supermercado.
Com essa ação, as autoridades locais esperam que o episódio de desrespeito ocorrido recentemente não seja apenas um incidente isolado, mas sim uma oportunidade para promover uma mudança real na mentalidade e no comportamento das pessoas em relação à inclusão.
“A expectativa é que a conscientização gerada por essa blitz ajude a construir uma sociedade mais empática e compreensiva em relação às necessidades e desafios enfrentados por pessoas com deficiências visíveis e invisíveis”, conclui Camila Leite.