Após ser solto, padrasto de criança assassinada em Guaraqueçaba se entrega e confessa que estuprou e matou Kameron


Por Flávia Barros Publicado 29/04/2023 às 12h37 Atualizado 18/02/2024 às 10h22

Poucas horas depois do cumprimento do alvará de soltura de Givanildo Rodrigues Maria, 33 anos, o padrasto da menina Kameron Odila Gouvêa Osolinski, 11 anos, voltou a ser preso, na manhã deste sábado (29). Givanildo saiu da cadeia pública de Paranaguá, na noite dessa sexta-feira (28) e voltou para a prisão quando a Polícia Militar foi atender uma situação de invasão de domicílio, na área central da cidade, próximo à cadeia pública. O JB Litoral conversou com a cabo da PMPR, Liciane Oliveira.

Cabo Oliveira contou, durante entrevista ao JB Litoral, como o suspeito se entregou e pediu para ser preso. Foto: Reprodução/JB Litoral

Quando nós chegamos à residência, a proprietária nos conduziu até o Givanildo e ele nos disse que era o autor do crime em Guaraqueçaba e que queria confessar, mas que só daria os detalhes do homicídio na delegacia”, disse a policial militar.

Ele não está machucado, mas está com muito medo de morrer e quer ficar preso para resguardar a vida dele. A dona da casa teve medo, pois ele estava em cima do muro da residência, então ela acionou a PMPR”, completou.

VIOLÊNCIA SEXUAL


Após a ser ouvido pelo delegado Nilson Diniz, na Delegacia Cidadã de Paranaguá, Givanildo foi mantido preso. De acordo com o delegado, Givanildo confessou ter estuprado a criança e, em seguida, que a estrangulou e jogou o corpo na área de mata.

Esse homicídio ocorreu no contexto de uma relação sexual não consentida, quando ele percebeu que ela estava morta, teria tentado ocultar o corpo. Esse fato não foi comunicado à mãe da vítima, que comunicou o desaparecimento à Polícia Militar e as buscas foram iniciadas”, falou o delegado durante coletiva de imprensa, transmitida ao vivo pelo JB Litoral, no final da manhã deste sábado (29).

Diante da gravidade dos fatos eu representei pela prisão preventiva dele. Agora esperamos a decisão judicial, pois entendo que existam elementos que garantam a manutenção da prisão do Givanildo. O inquérito segue sendo conduzido pela delegacia de Antonina, nós apenas realizamos essa intervenção diante da apresentação do investigado aqui na 1ª Subdivisão”, declarou Diniz.

INVESTIGAÇÃO


O caso segue sendo investigado pela delegacia de Antonina. Assim como divulgou o JB Litoral, em primeira mão, a certidão de óbito de Kameron revela que a criança foi morta por meio de asfixia mecânica, ou seja, estrangulamento. Agora, com a nova prisão e a confissão de Givanildo, veio a confirmação de que Kameron, antes de ser morta, ainda sofreu violência sexual, o que não provocou a morte, mas assim como o homicídio, também é considerado crime hediondo. A expectativa é de que o padrasto da criança seja indiciado por estupro de criança, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Padrasto, Givanildo Maria Rodrigues, confessou assassinato de Kameron. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Givanildo já respondeu por um homicídio cometido quando ainda era adolescente. Também responde por violência doméstica contra ex-companheiras.