Coletivo faz ação de combate a pobreza menstrual em Matinhos


Por Marinna Prota Publicado 12/10/2021 às 10h03 Atualizado 16/02/2024 às 15h52

O tema relativo a pobreza menstrual entrou em pauta em todo o país após um projeto que previa a distribuição gratuita de absorvente ser vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em Matinhos, um coletivo que realiza o combate desta situação de saúde pública promoveu uma ação para conscientizar parte da população e também fornecer itens de higiene para mulheres vulneráveis. O coletivo Roda D’água este na Associação dos Moradores do Vila Nova no último dia 8.

Com troca de informações e auxílio os voluntários realizaram uma roda de troca de informações e abriram o diálogo. Cerca de 90 meninas e mulheres estiveram no local entre as 14h e as 17h. “Foi bem participativa, tivemos apoio da Secretaria Municipal de saúde de Matinhos com a participação da enfermeira Fabíola que compartilhou durante a roda de conversa a importância dos exames preventivos para os cuidados com a saúde da mulher, além de relatos da comunidade sobre cuidados acessíveis relacionados à plantas medicinais e saberes ancestral”, afirmou o coletivo ao JB Litoral.

Durante a conversa com as participantes o intuito foi de trazer o assunto a tona e também a realidade da comunidade. “Foi um espaço de escuta e de fala em que proporcionou a todas as participantes a falarem de suas dificuldades e superação. Fica evidenciado a necessidade de mais espaços informativos como esse, trazido pelas participantes a necessidade de ter com quem falar sobre menstruação e saúde da mulher. Abrimos o Outubro Rosa fortalecendo a importância dos cuidados preventivos que geram bem estar e qualidade de vida para quem sempre cuida. Mulher tende a cuidar de todos, mas muitas vezes não tem espaço para cuidar de si”, destacou o coletivo.

(FOTO: divulgação/Coletivo Roda D’água)

Foram distribuídos 87 kits de higiene íntima e 80 sacolas de alimentos da cesta agroecológica para as participantes do evento. A ideia é que mais ações como esta possam ser realizadas para atender a necessidade de fala e também entregar doações para as mulheres em situação de pobreza menstrual. “Pobreza menstrual vai muito além da falta de absorvente, é questão de educação e saúde pública. Seguimos na luta pelo direito ao acesso à dignidade menstrual em todos os territórios”, concluiu.