“Covid-19 longa”: saiba o que é e como atinge as crianças no litoral


Por Marinna Prota Publicado 04/08/2021 às 13h05 Atualizado 16/02/2024 às 09h12

Especialistas têm indicado que os problemas e sequelas maiores por conta da Covid-19 tem aparecido após o período de “cura inicial”. Chamado de “Covid-19 longa”, os sintomas se perpetuam meses após a contaminação pela doença e acarretam em perda de cabelo, olfato, reações dermatológicas e cerebrais. No entanto, segundo uma pesquisa divulgada na Europa, as crianças são minorias nesta condição.

Segundo os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) as sete cidades do litoral possuem um perfil de contaminação de pessoas adultas, acima dos 18 anos em sua maioria. Conforme os resultados da pesquisa, liderada por peritos do King’s College London (UK), que analisou 1.734 pacientes sintomáticos com idade entre 5 e 17 anos, com base em dados colhidos numa aplicação móvel por pais e prestadores de cuidados envolvidos no projeto “Zoe Covid”, é possível afirmar que as crianças estão seguras deste tipo de reação pós Covid-19.

A orientação segue sendo de cuidado, prevenção e uso dos recursos disponíveis para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Uso de máscaras, álcool gel, distanciamento social e circulação do ar nos ambientes continuam sendo as principais recomendações.

Resultados da pesquisa

A principal conclusão dos pesquisadores foi de que os casos com sintomas duradouros são “raros” em menores de 18 anos. “É reconfortante saber que o número de crianças que experimentam sintomas de covid-19 de longa duração é baixo. No entanto, um pequeno número de crianças sofre de doenças prolongadas“, afirmou Emma Duncan, uma das cientistas.

Dos 1.734 positivos relatados na aplicação móvel, apenas 77 (4,4%) ainda tinham pelo menos dois dos três sintomas mais comuns (fadiga, dor de cabeça e perda de cheiro/paladar) após quatro semanas. Além disso, o estudo concluiu que após oito semanas, praticamente todos (98,2%) os que apresentavam sintomas tinham se recuperado.

A fadiga foi o sintoma mais prevalente nesse grupo (84%), enquanto 77,9% também sentiram dor de cabeça e perda de cheiro/paladar, respectivamente, em alguma fase da doença. Os peritos indicam que a dor de cabeça é o sintoma mais comum no início da doença, enquanto a perda de cheiro/gosto aparece mais tarde e permanece por um período de tempo mais longo.

O estudo encontrou diferenças na duração média da doença entre crianças do ensino primário (5 a 11 anos de idade) e do ensino secundário (12 a 17 anos de idade): nas crianças mais velhas, a covid-19 durou em média sete dias, em comparação com cinco dias nas crianças mais novas.

Por Marinna Protasiewytch com informações da Agência Brasil