Família de turistas encontra pinguim em praia de Pontal do Paraná
Uma família de Jardim Alegre, município da região paranaense conhecida como Vale do Ivaí, aproveitava momentos de descanso no balneário Pontal do Sul, quando algo o mar chamou a atenção. De acordo com Karine Ferreira, ela, o marido e o casal de filhos pequenos estão hospedados em uma pousada em Praia de Leste e foram conhecer Pontal do Sul, nessa terça-feira (22), quando o filho e o marido avistaram um pinguim saindo do mar.
“Estamos de férias e fomos conhecer mais as praias aqui de Pontal do Paraná. Quando estávamos na areia, em Pontal do Sul, meu filho e meu marido viram o pinguim saindo da água. Ele veio para perto e começou a nos seguir”, relata Karine, ao JB Litoral.
Estava sozinho
Ainda segundo o relato da visitante, o pinguim estava sozinho e parecia debilitado.
“Ele estava bem magro, parecia estar machucado. Então, ligamos pro pessoal ambiental e vieram buscar”, diz.
Achados em Matinhos
Karine Também afirmou desconhecer o fato de vários pinguins terem sido encontrados mortos apenas dois dias antes, no último domingo (20), em Matinhos. Os corpos estavam espalhados na areia dos Balneários Monções e Céu Azul. Moradores da região contaram que os animais já estavam em decomposição. No mesmo dia, integrantes do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná demarcaram o local e recolheram os animais para análise.
Riscos
De acordo com o LEC, entre os casos de aves contaminadas com gripe aviária (H5N1), o pinguim-de-Magalhães é uma das espécies confirmadas.
“O inverno é a época de migração dos pinguins. Por este motivo, é comum encontrá-los debilitados ou mortos nas praias e como não sabemos se estão infectados ou não, alertamos para que não toquem nestes animais! A Influenza Aviária, popularmente chamada de gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que atinge principalmente aves silvestres e também mamíferos. Em humanos o índice de contágio é muito baixo e com riscos bem menores do que nos animais, porém é preciso manter cuidados para evitar a propagação do vírus”, informa comunicado publicado na página do laboratório.
O que fazer
A orientação do LEC é caso as pessoas encontrem aves silvestres, marinhas ou terrestres, entrem em contato com o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS – que monitora desde SC até o RJ) via 0800 642 3341 ou pelo WhatsApp (41) 9 92138746. As equipes do projeto, das quais o LEC faz parte, seguem um protocolo específico recomendado pelos serviços veterinários oficiais (CIDASC e ADAPAR) para atuar em possíveis casos de influenza aviária, contribuindo para a sanidade animal e a segurança dos profissionais envolvidos.