Governador afirma que pedágio pode ser administrado pelo estado; saiba porquê
Por Marinna Protasiewytch
O anúncio de que as discussões sobre a concessão de pedágio continuam de maneira forte e sem definições foi feito na sexta-feira (21), durante coletiva realizada pelo governo estadual, em Curitiba. Dentre todas as explicações, o governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou que se o impasse sobre o novo modelo de contrato não tiver acabado até o dia 27 de novembro, data de término das atuais concessões, o estado deverá intervir nos serviços. Isso inclui o trecho administrado hoje pela Ecovia, que contempla a ligação entre a capital e o litoral do estado.
“Esse formato que tanto mal fez ao Estado não fica um segundo a mais no Paraná. Caso a concessão ainda não esteja definida, finalizada [a forma da nova concessão], o Estado vai ser responsável pelos serviços, pela manutenção das rodovias até que as novas empresas passem a operar legalmente”, determinou o governador.
Durante a coletiva no Palácio Iguaçu, o governador confirmou que o novo processo de pedágio nas estradas que cortam o Paraná será baseada na menor tarifa oferecida ao usuário, sem limite de desconto na disputa na Bolsa de Valores, ajustando a modelagem de acordo com o anseio da sociedade paranaense. A proposta está alinhada ao documento proposto pelo G7, grupo das principais entidades do setor produtivo estadual.
A nova modelagem precisa da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) antes de a licitação ser homologada, último passo para a proposta chegar à Bolsa de Valores de São Paulo (B3) para o leilão técnico. Por isso, há a tendência de que o prazo de 27 de novembro, último dia de contrato das concessões atuais, seja ultrapassado.
“Essa parte independe da vontade do Governo do Estado ou do governo federal. Quem vai dar o ritmo é o TCU. Estamos otimistas, pelo andamento das últimas concessões como a de aeroportos, que o Tribunal também será ágil”, disse o governador.