Governador afirma que pedágio pode ser administrado pelo estado; saiba porquê


Por Marinna Prota Publicado 22/05/2021 às 10h49 Atualizado 16/02/2024 às 02h49

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O anúncio de que as discussões sobre a concessão de pedágio continuam de maneira forte e sem definições foi feito na sexta-feira (21), durante coletiva realizada pelo governo estadual, em Curitiba. Dentre todas as explicações, o governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou que se o impasse sobre o novo modelo de contrato não tiver acabado até o dia 27 de novembro, data de término das atuais concessões, o estado deverá intervir nos serviços. Isso inclui o trecho administrado hoje pela Ecovia, que contempla a ligação entre a capital e o litoral do estado.

“Esse formato que tanto mal fez ao Estado não fica um segundo a mais no Paraná. Caso a concessão ainda não esteja definida, finalizada [a forma da nova concessão], o Estado vai ser responsável pelos serviços, pela manutenção das rodovias até que as novas empresas passem a operar legalmente”, determinou o governador.

A alteração na proposta original das concessões de rodovias foi anunciada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (21), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, e é resultado das seguidas reuniões em Brasília (DF) do início desta semana. (Foto: Ari Dias/AEN)

Durante a coletiva no Palácio Iguaçu, o governador confirmou que o novo processo de pedágio nas estradas que cortam o Paraná será baseada na menor tarifa oferecida ao usuário, sem limite de desconto na disputa na Bolsa de Valores, ajustando a modelagem de acordo com o anseio da sociedade paranaense. A proposta está alinhada ao documento proposto pelo G7, grupo das principais entidades do setor produtivo estadual.

A nova modelagem precisa da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) antes de a licitação ser homologada, último passo para a proposta chegar à Bolsa de Valores de São Paulo (B3) para o leilão técnico. Por isso, há a tendência de que o prazo de 27 de novembro, último dia de contrato das concessões atuais, seja ultrapassado.

“Essa parte independe da vontade do Governo do Estado ou do governo federal. Quem vai dar o ritmo é o TCU. Estamos otimistas, pelo andamento das últimas concessões como a de aeroportos, que o Tribunal também será ágil”, disse o governador.