Mutirão de conscientização busca inibir proliferação do mosquito da dengue em Paranaguá
Em Paranaguá, servidores da Prefeitura estão realizando um mutirão para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A ação teve início nesta quinta-feira (30), nos bairros Santos Dumont, Vila São Vicente, Jardim América e região.
No período epidemiológico atual, compreendido entre 31 de julho de 2022 a 21 de março deste ano, foram confirmados 191 casos de dengue na cidade, incluindo um óbito devido à doença. As informações são repassadas semanalmente pela Secretaria Estadual da Saúde (SESA), através do Boletim Dengue.
Mais de cem pessoas, incluindo agentes de endemia, funcionários de cargos comissionados e servidores municipais, trabalharam na retirada de entulhos e objetos que possam se tornar criadouros do mosquito. Para descartar os objetos recolhidos, a Prefeitura está utilizando caminhões, tratores, pás-carregadeiras e outros equipamentos.
“Sem dúvida, este é um momento muito importante. Estamos realizando um mutirão para ressaltar a importância de boas práticas capazes de inibir a proliferação do mosquito e, para isso, disponibilizamos dois caminhões e uma máquina para fazer esse trabalho na região durante todo o dia, a fim de auxiliar na limpeza dos bairros”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Delfino.
Já a secretária municipal de Saúde, Lígia Regina de Campos Cordeiro, avalia a importância de manter as áreas abertas das casas limpas e destaca o papel de cada um dos moradores na luta contra o mosquito.
“A dengue é uma doença que pode ser evitada com medidas sanitárias simples, como manter quintais limpos, não acumular lixo, e não o descartar de forma irregular. Além desse recolhimento de objetos, estamos orientando a população porque precisamos que todos se envolvam nessa luta”, frisa.
Trabalho conjunto
Os agentes de endemia do município também estão visitando todas as residências, para relembrar a população que limpem seus terrenos e eliminem os focos da dengue. O vereador Jean Domingues (Podemos) faz um apelo para que os parnanguaras recebam os agentes e trabalhem em conjunto com a Prefeitura para evitar o aumento de casos da doença.
“A secretaria de Urbanismo também trabalha na fiscalização. A princípio, é feita uma notificação ao cidadão que mantém focos do mosquito, caso se torne reincidente, será multado. Mas, parece que as pessoas esperam acontecer algo de grave com seus familiares para depois criarem consciência. Então, nosso pedido é que a população abra as portas para os agentes de endemias e do meio ambiente que estão tentando amenizar o problema da dengue em nossa cidade”, convoca o vereador.
É preciso ter consciência
A falta de consciência de alguns moradores tem sido um desafio para o sucesso da iniciativa, aponta o secretário de Segurança Pública, João Carlos Silva. Segundo ele, já houve casos de agressão contra agentes de endemias no município, mas o trabalho deles é vital para que o sistema de saúde da cidade não fique sobrecarregado.
“É preciso ter consciência para depois não querer culpar os profissionais da UPA, que às vezes tem mais de 200 pacientes para serem atendidos. Essas pessoas que não fazem sua parte podem ser as mesmas que estão na UPA ocupando a vaga de alguém que possui um caso clínico de urgência e emergência”, alega.
O mutirão de conscientização continua em Paranaguá todas as quintas-feiras e a população é convidada a colaborar para evitar a proliferação do mosquito da dengue e proteger a saúde de todos. Todas as sextas-feiras, os funcionários da Prefeitura e agentes ficaram responsáveis por verificar possíveis criadouros em prédios públicos.
Coleta de lixo
Em Paranaguá, há três coletas de lixo, realizadas de duas a três vezes por semana. O secretário Diego Delfino explica que a coleta é dividida em três categorias: de lixo reciclável; material orgânico que é passível de compostagem, como folhas, borra de café e pacote de chá; e o terceiro grupo, que são os dejetos destinados ao aterro sanitário, o lixo de banheiro.
Segundo ele, os entulhos, que são restos da construção civil, não são recolhidos pelo município, cabendo ao morador alugar uma caçamba para fazer o descarte em local adequado.
