Prefeitura anuncia revitalização da Atílio Fontana para 2023; R$ 60 milhões serão investidos


Por Luiza Rampelotti Publicado 27/12/2022 às 17h16 Atualizado 18/02/2024 às 01h22

O ano de 2023 deverá ser de grandes mudanças para Paranaguá, especialmente no setor industrial. É que o prefeito Marcelo Roque assinou, na sexta-feira (23), a abertura da licitação para a obra de infraestrutura na Avenida Senador Atílio Fontana, uma das principais vias de acesso ao porto.

Serão investidos cerca de R$ 60 milhões, de recursos dos cofres municipais, para realizar a pavimentação, terraplanagem, drenagem, calçamento, ciclovia e sinalização da via. Conforme o projeto, a obra terá a extensão do trevo do Parque São João até a entrada de Alexandra.

A abertura da licitação está marcada para acontecer em 3 de fevereiro de 2023. “É o maior investimento com recursos do Município. Uma obra que trará mais desenvolvimento para Paranaguá e mais qualidade de vida aos moradores”, disse o prefeito.

O JB Litoral adiantou a notícia em julho deste ano, quando trouxe a reportagem intitulada “Prefeitura afirma que revitalização da Atílio Fontana deve ser licitada ainda neste ano”. Nela, o secretário municipal de Urbanismo, Koiti Takiguti, afirmou que o poder municipal estava tentando viabilizar os recursos para a obra.

De projeto grandioso para um mais simples

O projeto executivo da revitalização da avenida já estava pronto desde julho de 2020, quando o Terminal de Contêineres de Paranaguá – TCP elaborou o documento como medida compensatória prevista em seu Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), exigido pela legislação municipal por conta da expansão da atividade portuária da empresa nos últimos anos.

O projeto da TCP compreendia nove quilômetros de pavimentação em concreto, prevendo a continuação da avenida até a BR-277, nas proximidades do Pátio de Triagem, dois viadutos paralelos aos dois já existentes, duas pontes paralelas às atuais sobre os rios Emboguaçu e Ribeirão, além de instalação de ciclovia, acostamento, sinalização e paisagismo, ao custo de cerca de R$ 140 milhões. No entanto, mesmo após se mostrar animado para a execução da obra e afirmar que o projeto faria parte de um “pacote de modernização do Litoral”, o Governo do Estado não investiu financeiramente para a execução da obra, alegando que o valor era inviável, não estando dentro da capacidade financeira do governo estadual uma parceria com o poder municipal no momento.

Por isso, a Prefeitura de Paranaguá decidiu buscar alternativas para conseguir realizar a revitalização da via, mesmo que apenas com recursos próprios. O primeiro passo foi a realização de um projeto mais simples, excluindo as obras de arte (viadutos e pontes) e readequando a via para pista simples, ligando a área próxima da Sadia até a entrada de Alexandra.

A readequação do projeto foi feita através de um Termo de Compromisso Urbanístico de EIV Corretivo, envolvendo empresas do grupo Fertipar Fertilizantes e Rocha Terminais Portuários e Logística. O novo documento foi entregue e, então, o poder municipal deu início a busca por recursos para viabilização da obra, que, inicialmente, havia ficado na casa de R$ 50 milhões.

Secretário de Urbanismo afirmou que, para o presente, a Prefeitura deverá fazer o projeto mais simples e, no futuro, poderá ser realizado o projeto completo, com o apoio do Estado. Foto: Prefeitura de Paranaguá

Empréstimo de R$ 80 milhões

Em 7 de novembro, a Câmara de Vereadores de Paranaguá aprovou o Projeto de Lei nº 6083/2022, de autoria do Poder Executivo, autorizando a Prefeitura a contratar um empréstimo junto ao Banco do Brasil, até o valor de R$ 80 milhões, para executar “diversos novos projetos na área de infraestrutura, saneamento investimentos e/ou aquisição de bens e serviços voltados à melhoria da infraestrutura e da eficiência na Gestão Pública pretendidos por esta administração pública e constantes do Plano de Governo”, entre eles, a revitalização da Atílio Fontana, justificou o prefeito Marcelo Roque.

O Estado não conseguiu viabilizar, no presente momento, uma parceria com o Município para essa obra, por conta do valor, mas ele continua disponível para o futuro. Então, para o presente, a Prefeitura vai tentar fazer uma obra menor dentro das possibilidades do poder municipal e, no futuro, quem sabe faça o projeto macro”, informou Koiti Takiguti.