Primeira edição do “Negro Porto Seguro” acontece neste domingo (19) em Paranaguá


Por Amanda Batista Publicado 18/11/2023 às 14h00 Atualizado 19/02/2024 às 05h08
As atividades começam com aulas de samba ministrada pela professora de dança Larissa dos Anjos. Foto: Arquivo pessoal.

O Coletivo Afro Parnanguaras promoverá a primeira edição do “Negro Porto Seguro neste domingo (19), a partir das 9h, na Escola Municipal Joaquim Tramujas Filho, localizada na Avenida Belmiro Sebastião Marques, bairro Porto Seguro.

O evento, que pretende debater sobre o racismo estrutural e o impacto dele na população negra, além de promover oficinas de samba, atabaque e trança raiz, será aberto para todos os públicos. A expectativa de público do evento é de 200 pessoas, entre ativistas e simpatizantes da causa.

A programação vai começar com um café da manhã gratuito, às 9h. Na sequência, às 10h, haverá uma roda de conversa sobre os direitos da população negra com participação da advogada Gisele Cristina da Silva, a especialista em cabelos cacheados e crespos, Beatriz Valério dos Santos, e a assistente social e coordenadora do coletivo Roda D’água, Camila Valentim Schereder.

Após a conversa, é a vez das oficinas. As atividades começam com aulas de samba ministrada pela graduanda em educação física e professora de dança Larissa dos Anjos. Em seguida, o oficineiro que possui 10 anos como instrumentista, Yan Lopes, dará aulas de atabaque. Para fechar as oficinas, a cientista social e ativista, Aline Gomes, ensinará os participantes a fazerem tranças raiz.

No início da tarde, às 12h30, haverá uma apresentação com atabaques e o almoço com degustação de feijoada, preparada pela cozinheira profissional Rosenete França, a “Mãe Kota” no Candomblé.

Jakeline Luize França Fraga Taylor, fundadora do coletivo, ativista e socióloga em formação, destaca que a iniciativa visa debater e conscientizar sobre o racismo estrutural e proporcionar um espaço de discussão e acolhimento dentro das comunidades de Paranaguá. “Queremos enfatizar que o respeito às diferenças é o pilar de qualquer convivência, pois nenhuma pessoa deve se sentir excluída ou ofendida pela maioria“, afirma.

Jakeline é carioca e mora em Paranaguá há 6 anos. Segundo a ativista, o objetivo dela com o coletivo é combater o racismo estrutural que perpassa todo o Brasil, mas que se faz mais intenso no Paraná. Foto: Arquivo pessoal.

Sobre o Coletivo Afro Parnanguara

O Coletivo Afro Parnanguara foi criado em 2021 com o objetivo de promover ações em datas importantes, realizar grupos de discussões e apoio, e pensar em iniciativas para impactar a sociedade em que estão inseridos. A intenção é dar visibilidade à luta da população negra em Paranaguá, fomentar a reflexão, debater temas relevantes e proporcionar experiências inovadoras. Além disso, ele também busca fortalecer a autoestima da população negra, oferecendo acesso ao conhecimento sobre sua história e inserção em todos os espaços.