Quase 40 dias após vazamento de nafta, pesca volta a ser liberada e empresa é multada


Por Flávia Barros Publicado 18/05/2023 às 00h01 Atualizado 18/02/2024 às 11h39

Foi revogada nesta quarta-feira (17) a orientação do Instituto Água e Terra (IAT) que suspendia a pesca na baía de Paranaguá, em um raio de 3 quilômetros (1,86 milhas náuticas) a partir do Píer Público da Portos do Paraná. A pesca estava proibida há 38 dias, desde que aconteceu o acidente ambiental com o vazamento de nafta (produto de origem fóssil, inflamável e cancerígeno) na baía, no dia 9 de abril.

Agora, a atividade pode ser feita sem que haja riscos à saúde, segundo apontou a análise laboratorial divulgada nesta quarta, cujo laudo apontou que não há mais contaminação na água.

Multa

O IAT também lavrou um Auto de Infração Ambiental (AIA) contra a empresa responsável pelo vazamento, a Terin, com multa de R$ 1,5 milhão e suspensão temporária das operações do duto no Píer Público de Inflamáveis da Portos do Paraná. A decisão é passível de recurso.

Para voltar a utilizar o duto, a empresa terá que assegurar, por meio de laudos técnicos, que não há mais risco de novos vazamentos. Após o recebimento desses laudos, técnicos do IAT voltarão ao local para novas inspeções.

Foto: IAT

Histórico

Considerado um acidente ambiental de grande porte, o vazamento da nafta aconteceu durante o armazenamento de granéis líquidos e transporte dutoviário. Conforme relatório emitido pelo IAT, o produto químico atingiu a baía de Paranaguá em volumes danosos à saúde humana e a área da Avenida Coronel Santa Rita, no entorno de onde houve e acidente, precisou ser isolada para trânsito de veículos. Moradores da região também foram retirados de suas casas, retornando apenas no dia 28 de abril.

Além de contaminante, a nafta petroquímica é altamente inflamável, gerando grande risco de explosão. Ela também é matéria-prima para indústrias e pode ser utilizada para produção de filmes, copos plásticos, isopores e espumas para colchões.