Secretário Estadual de Educação fala sobre o retorno às aulas e investimentos na Educação do Litoral


Por Luiza Rampelotti Publicado 11/02/2023 às 12h49 Atualizado 18/02/2024 às 04h37

Nesta segunda-feira (6), os 32 mil alunos da Rede Estadual de Educação, divididos nas 60 escolas estaduais localizadas no Litoral do Paraná, retornam às aulas. Para falar sobre o início do ano letivo, o JB Litoral entrevistou o secretário estadual de Educação, Roni Miranda Vieira.

Ele foi nomeado para o cargo neste ano, sendo a primeira vez que está atuando como secretário estadual. Renato é nascido em Foz do Iguaçu, em 1982, e estudou na Rede Estadual de Ensino. Graduado em História e pós-graduado em Geografia e História do Paraná, em 2005 iniciou sua carreira como professor, também da rede estadual.

O atual secretário já foi chefe do Núcleo Regional de Educação da Área Norte, em 2017. Já em 2019, passou a atuar na Secretaria Estadual de Educação (SEED), onde foi chefe do Departamento de Acompanhamento Pedagógico e diretor de Educação.

Confira a entrevista:

JB Litoral: Qual a expectativa para este cargo, já que é a primeira vez que está à frente de uma secretaria estadual, e que valoriza sua área de formação e profissão? 

Roni Miranda Vieira: A expectativa é a melhor possível, e o sentimento é de reconhecimento e gratidão pela nomeação ao cargo ter sido para um professor da rede.

JB Litoral: O secretário foi estudante na rede estadual, professor do Estado e, hoje, pode levar todas essas experiências para a SEED. No que isso irá contribuir para uma melhor gestão da educação no Paraná?

Roni Miranda Vieira: Essa caminhada dentro da rede estadual, passando desde aluno, professor, diretor e chefe de núcleo, agrega experiência profissional e favorece-nos muito no momento da tomada de decisões, principalmente devido à boa comunicação e relacionamento com os Núcleos Regionais de Educação.

JB Litoral: Além disso, quais são suas observações a respeito dos avanços na rede pública estadual de ensino comparando sua época de estudante aos dias de hoje?

Roni Miranda Vieira: Na minha época de estudante, boa parte dos professores não eram formados. Hoje, 99% deles são formados em suas áreas. Outro grande avanço é na parte estrutural das escolas. Na minha época não tinha internet, computadores, tecnologias… hoje a rede conta não só com equipamentos, mas também com plataformas próprias que otimizam o processo educacional.

JB Litoral: Para o Litoral, quais os principais desafios a serem vencidos nesta nova gestão?

Roni Miranda Vieira: No Litoral temos uma diversidade muito grande de escolas: em ilhas, escolas urbanas… e isso gera um desafio muito grande para a gestão. Os principais planos para o Litoral do Estado envolvem o investimento em infraestrutura. Um exemplo é o município de Paranaguá, onde funcionam algumas escolas nas quais os edifícios originais não foram concebidos para abrigar entidades estudantis. Outro investimento será na climatização dentro das salas de aula, haja vista a temperatura elevada. O objetivo é investir em equipamentos para tornar o ambiente de estudos mais confortável aos alunos. Em relação aos processos de aprendizagem, novas salas de contraturno serão criadas para reforço escolar, bem como novas atividades esportivas e, além disso, todo o apoio na formação continuada dos professores da rede que atendem os alunos do Litoral.

JB Litoral: A respeito da terceirização da Rede Estadual de Educação, que vem sendo implantada pelo atual governador, qual é sua visão (levando em conta sua formação e o fato de ser professor pelo Estado) a respeito dessa questão?

Roni Miranda Vieira: Vale reforçar que não há terceirização, mas, sim, parcerias. Principalmente naquelas escolas que exigem maior apoio na gestão escolar, nas quais as equipes pedagógicas encontram-se sobrecarregadas com as questões administrativas. A ideia destas parcerias é justamente viabilizar que as equipes responsáveis pela educação dos alunos possam dedicar-se exclusivamente à gestão pedagógica. É importante dizer que, hoje, o Paraná conta com a melhor educação para Ensino Médio, comprovada pelo MEC. Nosso desafio é manter o Estado no topo deste ranking ao longo de 2023.

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