Vereador de Morretes que matou cachorro volta a se envolver em polêmica; Celsinho das Alface aparece com um filhote de jacaré morto


Por Flávia Barros Publicado 01/08/2023 às 21h43 Atualizado 18/02/2024 às 18h52
Processo de cassação motivado pela morte da cadelinha Paçoca foi arquivado em abril; deputado federal afirma que vai solicitar que nova comissão processante seja instaurada. Foto: Reprodução / Câmara Municipal de Morretes

O JB Litoral acompanhou todas as etapas da polêmica envolvendo o vereador de Morretes, Celso Ferreira de Souza, o Celsinho das Alface (PROS), desde que ele matou com um tiro a cadelinha Pipoca, de um vizinho, em 27 de dezembro de 2022. O fato motivou a abertura do processo de cassação do parlamentar, que foi arquivado quatro meses depois.

Na época, Celsinho chegou a ser afastado, mas foi reconduzido às funções legislativas por meio de decisão judicial. Nessa segunda-feira (31) o vereador voltou a receber policiais civis em sua residência, que cumpriram mandado de busca e apreensão de um novo inquérito policial aberto contra ele. Desta vez, Celsinho aparece em uma foto segurando um filhote de jacaré morto, pendurado por uma corda. Durante as buscas foram apreendidos o celular e uma arma de chumbinho e o vereador foi encaminhado à delegacia para prestar depoimento.

Nova denúncia

De acordo com o deputado federal Matheus Laiola (União-PR), a foto chegou ao seu gabinete e o parlamentar denunciou o suposto crime à delegacia de Proteção do Meio Ambiente (DPMA).

Essa nova evidência levanta sérias preocupações sobre a reincidência dos maus-tratos aos animais e a falta de empatia do vereador em relação à vida silvestre. Diante disso, irei entrar com novo pedido de cassação. É um absurdo que alguém com um cargo público continue impune diante de tantos crimes contra os animais”, disse Laiola.

O que diz o vereador

Nesta terça-feira (1º), Celsinho das Alface publicou um vídeo em suas redes sociais em que rebate a acusação. O vereador afirma que um vizinho encontrou o animal morto em sua propriedade e o avisou.

O vizinho que encontrou o filhote em minhas terras, já morto. Pelo momento inusitado, decidi registrar uma foto. Eu estou revoltado com essa ação da polícia, está registrado no meu celular que essa foto foi feita em 2018. É uma perseguição política, é um movimento político“, defendeu o vereador.

Confira o vídeo com os conteúdos divulgados pelos parlamentares: