Vítimas de afogamento ganham uma segunda chance de vida com atendimento do Hospital Regional do Litoral


Por Redação Publicado 15/08/2023 às 11h57 Atualizado 18/02/2024 às 20h14
A 1ª Regional de Saúde tem no HRL um ponto estratégico para atendimento médico de qualidade. Ao todo, a área abrange mais de 300 mil habitantes. Foto: Rafael Pinheiro/ JB Litoral.

O Hospital Regional do Litoral, principal unidade da região e centro de referência para casos de afogamento, conta com profissionais qualificados e equipamentos de última geração, dedicados a aprimorar o bem-estar da população e a salvar o maior número possível de vidas.

Construído a partir da antiga Santa Casa, ele é gerido pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas) e, atualmente, conta com 109 leitos, entre UTI e enfermaria, sendo também destaque em cuidados maternos e casos de trauma.

Parte desta dedicação pode ser notada no expressivo número de casos assistenciais do hospital. Apenas nos primeiros seis meses deste ano, a unidade foi responsável por 9.242 internações, 7.011 consultas médicas ambulatoriais e 14.855 consultas no Pronto-Socorro. Desde 2019, o hospital atendeu 49 pacientes vítimas de afogamento.

Dentre eles, está Vinícius da Rocha, de 33 anos, morador de Irati, no Centro-Sul do Estado. Ele recorda que aquilo que deveria ser um momento de descontração familiar, em Matinhos, terminou em um caso desesperador e único em sua vida.

“Era um dia em que as águas estavam agitadas. Quando percebi, as ondas me arrastaram para um local mais fundo”, relata. “Não tinha forças para voltar até a praia e, ao mesmo tempo, não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Lembro-me de ter sentido uma grande dor no peito e, em seguida, perder a consciência”, lembra Vinícius.

Graças à agilidade do Corpo de Bombeiros e ao atendimento médico do hospital, Vinícius pôde viver para ver o nascimento do seu filho. “Acordei horas depois do ocorrido, quando já estava internado. Agradeço profundamente aos bombeiros, que me resgataram, e também à equipe médica do hospital. Foi graças aos cuidados deles que pude ver o nascimento do meu filho”, destaca.

Eliezer Moreira, de 44 anos, também foi um dos paranaenses atendidos ao longo deste ano. Ao contrário de Vinícius, ele acordou enquanto recebia os primeiros socorros, ainda na praia, mas chegou a ser entubado no hospital devido às complicações do afogamento.

“Foi um momento de descuido em que acabei sendo puxado pelo mar. Acordei na praia, recebendo os primeiros atendimentos. Em seguida, fui levado de helicóptero até o hospital. Durante meu tratamento, cheguei a ser entubado”, conta Eliezer. “Sinto que estou vivo por um milagre e também pelo excelente atendimento que recebi. Foi uma das experiências mais fortes da minha vida”, conclui.

Go Blue

No dia 25 de julho, o Paraná aderiu à campanha “Go Blue”, uma ação proposta pela Organização das Nações Unidas que busca ressaltar a importância da prevenção aos afogamentos. Durante todo o dia, a sede do Palácio Iguaçu esteve iluminada de azul para reforçar o tema. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os afogamentos vitimaram cerca de 6 mil pessoas por ano no Brasil. Na última temporada do Verão Maior Paraná 2022/2023, o Corpo de Bombeiros Militar fez 1.284 salvamentos durante os 71 dias de operação.

*Com informações da Agência Estadual de Notícias