Wi-fi e banho quente mesmo sem luz: Ilha do Mel aposta em energia solar para comodidade dos turistas
As pousadas Ephira e Chalés do Laurindo, localizadas na Ilha do Mel, decidiram investir em energia solar para economizar, garantir a autonomia dos serviços e valorizar o uso de fontes renováveis que não prejudicam o meio ambiente.
Para o proprietário da Pousada Ephira, Lauro José da Silva Filho, a solução é uma maneira de manter o conforto dos hóspedes e prevenir prejuízos causados pela queda da energia elétrica. “Já tivemos muitas perdas e queimas de equipamentos. Como a nossa pousada possui diversos aparelhos, este investimento é uma forma de ficarmos mais seguros e protegidos”, explica.
Composto por painéis, módulos e equipamentos elétricos, o sistema fotovoltaico é considerado o mais sustentável do mundo e possui o melhor custo-benefício quando comparado a outras fontes limpas.
A conversão da radiação solar em energia elétrica apresenta alto índice de desempenho em regiões com forte incidência de raios solares e é responsável por reduzir entre 50% e 95% a conta de luz dos imóveis.
Além de evitar acidentes, as placas valorizam em até 6% imóveis que possuem energia solar como principal matriz; não poluem o meio ambiente, pois podem ser feitas de material reciclável; e necessitam de poucas manutenções ao longo dos anos.
Quando relacionada a outras fontes renováveis, o sistema também apresenta vantagens por ser silencioso e ocupar pouco espaço. Ao contrário, por exemplo, da energia eólica, que deve ser gerada na costa, longe de áreas residenciais.
“A tecnologia vai ao encontro da filosofia de turismo sustentável da Ilha do Mel, além de proporcionar outros benefícios, como a economia e a autonomia”, afirma o engenheiro da Arrebol Engenharia, Danilo Gomez Alvarez.
Fatores como resistência às intempéries climáticas e a possibilidade de financiamento também contribuem para que a energia solar tenha se tornado a terceira maior fonte elétrica do Brasil (atrás apenas da hidrelétrica e eólica) e deva alcançar a liderança entre todas as matrizes do país até 2050.
Wi-fi e banho quente mesmo sem luz
O proprietário dos Chalés do Laurindo, Laurindo Silva, conta que optou pela energia limpa para manter serviços como wi-fi e banho quente mesmo após a queda da rede elétrica durante tempestades.
“Acredito que precisamos ter um plano B em casos de queda de energia e, ao invés de adquirir um gerador, optamos por uma energia limpa. Agora, quando acaba a luz, os hóspedes só percebem pela vizinhança, pois aqui continuamos tendo acesso ao Wi-fi e ao banho quente”, destaca.
No entanto, apenas as placas não são suficientes para manter o fornecimento durante a queda de energia porque os sistemas fotovoltaicos tradicionais são on grid, ou seja, funcionam conectados à rede, injetando a energia excedente na rede da concessionária. Para solucionar o problema, é preciso optar pelo sistema off grid, que gera energia e armazena em um banco de baterias, como foi o caso de ambas as pousadas.
Embora o preço varie de acordo com a potência do gerador, o custo da instalação é compensado pelo tempo de vida útil das placas. Num sistema fotovoltaico de 6 kWp, por exemplo, o consumidor pode ter uma economia de até R$ 8.333,00 por ano.
Impostos sobre painéis foram zerados até 2026
No dia 29 de março, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incluiu o segmento de painéis fotovoltaicos no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS), o que zera a cobrança dos tributos federais IPI e PIS/Cofins até dezembro de 2026. Antes de zerar os impostos, as alíquotas cobradas no segmento eram de 6,5% de IPI, 9,65% de Cofins e 6% de Imposto de Importação.
*Com informações da Assessoria de Imprensa