Wi-fi e banho quente mesmo sem luz: Ilha do Mel aposta em energia solar para comodidade dos turistas


Por Amanda Batista Publicado 17/04/2023 às 13h07 Atualizado 18/02/2024 às 09h26

As pousadas Ephira e Chalés do Laurindo, localizadas na Ilha do Mel, decidiram investir em energia solar para economizar, garantir a autonomia dos serviços e valorizar o uso de fontes renováveis que não prejudicam o meio ambiente.

Para o proprietário da Pousada Ephira, Lauro José da Silva Filho, a solução é uma maneira de manter o conforto dos hóspedes e prevenir prejuízos causados pela queda da energia elétrica. “Já tivemos muitas perdas e queimas de equipamentos. Como a nossa pousada possui diversos aparelhos, este investimento é uma forma de ficarmos mais seguros e protegidos”, explica.

Composto por painéis, módulos e equipamentos elétricos, o sistema fotovoltaico é considerado o mais sustentável do mundo e possui o melhor custo-benefício quando comparado a outras fontes limpas.

A conversão da radiação solar em energia elétrica apresenta alto índice de desempenho em regiões com forte incidência de raios solares e é responsável por reduzir entre 50% e 95% a conta de luz dos imóveis.

Além de evitar acidentes, as placas valorizam em até 6% imóveis que possuem energia solar como principal matriz; não poluem o meio ambiente, pois podem ser feitas de material reciclável; e necessitam de poucas manutenções ao longo dos anos.

Quando relacionada a outras fontes renováveis, o sistema também apresenta vantagens por ser silencioso e ocupar pouco espaço. Ao contrário, por exemplo, da energia eólica, que deve ser gerada na costa, longe de áreas residenciais.

A tecnologia vai ao encontro da filosofia de turismo sustentável da Ilha do Mel, além de proporcionar outros benefícios, como a economia e a autonomia”, afirma o engenheiro da Arrebol Engenharia, Danilo Gomez Alvarez.

Fatores como resistência às intempéries climáticas e a possibilidade de financiamento também contribuem para que a energia solar tenha se tornado a terceira maior fonte elétrica do Brasil (atrás apenas da hidrelétrica e eólica) e deva alcançar a liderança entre todas as matrizes do país até 2050.

Wi-fi e banho quente mesmo sem luz

O proprietário dos Chalés do Laurindo, Laurindo Silva, conta que optou pela energia limpa para manter serviços como wi-fi e banho quente mesmo após a queda da rede elétrica durante tempestades.

Acredito que precisamos ter um plano B em casos de queda de energia e, ao invés de adquirir um gerador, optamos por uma energia limpa. Agora, quando acaba a luz, os hóspedes só percebem pela vizinhança, pois aqui continuamos tendo acesso ao Wi-fi e ao banho quente”, destaca.

No entanto, apenas as placas não são suficientes para manter o fornecimento durante a queda de energia porque os sistemas fotovoltaicos tradicionais são on grid, ou seja, funcionam conectados à rede, injetando a energia excedente na rede da concessionária. Para solucionar o problema, é preciso optar pelo sistema off grid, que gera energia e armazena em um banco de baterias, como foi o caso de ambas as pousadas.

Embora o preço varie de acordo com a potência do gerador, o custo da instalação é compensado pelo tempo de vida útil das placas. Num sistema fotovoltaico de 6 kWp, por exemplo, o consumidor pode ter uma economia de até R$ 8.333,00 por ano.

Impostos sobre painéis foram zerados até 2026

No dia 29 de março, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incluiu o segmento de painéis fotovoltaicos no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS), o que zera a cobrança dos tributos federais IPI e PIS/Cofins até dezembro de 2026. Antes de zerar os impostos, as alíquotas cobradas no segmento eram de 6,5% de IPI, 9,65% de Cofins e 6% de Imposto de Importação.

*Com informações da Assessoria de Imprensa